terça-feira, 28 de agosto de 2012

Hiatus não proposital

Dá quase pra se pensar que eu tinha esquecido que isso aqui existia.
A verdade é que algumas vezes pensei em escrever. E algumas vezes escrevi, à mão, prometendo pra mim mesma que postaria. Mas passou, como todo o resto.
Tem um pouco de tudo nisso. Tem a minha velha dificuldade de escrever quando estou me sentindo bem. Tem também um pouco da sensação de que nada mudou, não há nada novo, nada sobre o que falar. Tem o modo como tenho aproveitado meu tempo livre, ou seja, quase não fico no computador, ou quando fico, é jogando.
Mas é claro que muita coisa mudou. Antes de vir escrever, reli meu último post, e estava justamente falando da velocidade com que as coisas mudam. E eu percebi que meu relacionamento amadureceu, que minhas prioridades e metas se firmaram. E por fim, estou passando agora por um momento de espera.
Espera, porque dependo exclusivamente do tempo para que as coisas que desejo aconteçam. Simplesmente porque não há como fazer de outra maneira. E acho que, pelo fato dessa espera já estar durando há algum tempo, estou descobrindo o quanto esperar pode ser difícil, e até mesmo maléfico.
Quando se passa muito tempo esperando, ainda que se tenha consciência de que é por um excelente motivo, muitas vezes a sensação predominante é de estagnação. Aquela sensação de que a vida está passando e estamos parados, sem fazer nada. Não sei vocês, mas eu percebi o quanto isso pode ser desesperador. Eu odeio sentir que não estou progredindo, ou que não estou aproveitando as oportunidades como deveria. Em alguns momentos isso me desanima e deprime profundamente.
Por outro lado, desistir não é meu forte. Não sou do tipo de pessoa que simplesmente abre mão de algo que realmente deseja. Então eu tenho procurado progredir em outros campos. Estou finalmente aprendendo a tocar um instrumento! Isso sempre foi um sonho pra mim, e sinto-me bastante feliz por saber que tenho alguma facilidade para isso. Também tenho tido muito interesse pela leitura, e pelo aprendizado em geral. Qualquer coisa que me faça evoluir, tanto intelectualmente quanto espiritualmente, é bem vinda.
De qualquer forma, falta pouco agora. Acredito que dentro de alguns meses tudo vai começar a melhorar, de verdade. Estou otimista, mas mantendo meus pés no chão, e baixando a bola quando necessário. Fora isso, emocionalmente continuo tão bem quanto estava no começo do ano. E tão apaixonada quanto.

Estou: com uma preguiça do caraleo.
Quero: que o tempo passe logo (claro).
Saudades de: meus pais.. já fazem 4 meses que não os vejo, e provavelmente passarei ainda outros 4 distante.
Ouvindo: nada, porque o Rodrigo está dormindo aqui do lado, mas pensando em Time - Pink Floyd

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Mudanças

Eu nunca deixo de me assustar com a velocidade com que as coisas mudam. Ainda assim... o que está me deixando perplexa é que as mudanças vão se tornando cada vez mais permanentes.
Isso é contraditório pra caralho, eu sei.
Acho que na verdade, o que eu quis dizer é que as mudanças acontecem muito rápido, a ponto de não percebermos as coisas mudando, só percebemos quando já mudou. E depois que mudam, não voltam.
Eu vejo que minha vida está tomando um rumo definitivo. Um caminho sem volta. Meus pensamentos estão se solidificando. E eu acho que é um pouco clichê falar disso, porque eu já pensei coisas parecidas em outras épocas da minha vida. E aí a impressão que dá é que o que estou dizendo perde um pouco a credibilidade.
Mas é diferente dessa vez, e eu acho que a diferença vem do fato de eu ser hoje uma pessoa bem diferente do que eu era. Tenho mais maturidade, mais responsabilidade, sou completamente independente. As coisas que eu quero pra minha vida são diferentes.
A mudança mais significativa, ao meu ver, é meu relacionamento com meus amigos. Ao contrário das outras vezes, em que acredito que meus namoros acabaram sendo prejudiciais às minhas amizades, dessa vez estou vendo o contrário. Mas estou vendo também que o afastamento que está acontecendo, o fato de eu não falar mais com meus amigos com tanta frequência (ver então, nem dá pra comentar), está sendo mais natural. É algo que não está sendo um mal. Está simplesmente acontecendo, como parte da ordem natural das coisas.
Talvez isso seja envelhecer. E se for, contanto que continue suave dessa forma, eu não me importo.

Estou: com um calor do caralho.
Quero: me organizar melhor financeiramente.
Saudades de: meus pais, e do Rodrigo, como sempre.
Ouvindo: Queens of the Stone Age - Suture up your future

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

These are dark times indeed...

Mais uma vez, me sinto como se estivesse envelhecendo anos em semanas.

Estou um pouco surpresa comigo mesma. Com a seriedade que estou levando a vida, e principalmente, com a consciência recém-adquirida de que meus problemas são minha responsabilidade, única e exclusivamente.

Não acho que isso seja uma coisa ruim, só acho diferente.

Eu olho para a minha vida, atualmente, e vejo que se eu não der um jeito de resolver as coisas, ninguém o fará por mim. Então, é melhor começar a fazer alguma coisa.

Eu não sei formular muito bem a situação que estou vivendo agora. Em alguns momentos, sinto uma necessidade extrema de escrever, de colocar as coisas em palavras. Em outros, eu simplesmente sinto que não há nada a dizer. A única coisa que consigo ver com clareza é que eu não tenho sido minha prioridade. E de alguma forma, isso está me fazendo um bem diferente. Como se eu finalmente tivesse encontrado o equilíbrio entre não me prejudicar e cuidar de alguém. É uma boa sensação.

Ainda assim, tenho sorrido menos. Acho que é esse o grande ponto da questão. Estou feliz com a minha vida atualmente, apesar dos problemas, que não são poucos e não são simples. E estou percebendo que ser feliz não significa estar bem o tempo todo. Não tenho certeza, mas acho que é a primeira vez que consigo perceber isso.

Bom, me desconcentrei. Acho que preciso desligar a mente um pouco.

Estou: cansada
Quero: um pouquinho de paz, ao lado do meu amor.
Saudades de: um pouco mais de inocência, eu acho.
Ouvindo: Alice in Chains - Grind

Let the sun never blind your eyes...

sábado, 7 de janeiro de 2012

2012

Começou o ano, e eu nem sei porque motivo, mas eu estou com vontade de escrever... só que é complicado.
Continuo tão feliz quanto no fim de 2011. Na verdade, mais feliz ainda... e mesmo assim é complicado.
É complicado porque atualmente me vejo obrigada a pensar em coisas que nunca se passaram pela minha cabeça antes, e isso me confunde.
É uma felicidade confusa.
É confusa pelo excesso de certeza. Aquela sensação de estar tão certo de algo, que ficamos procurando erros, falhas, porque achamos que não é possível ter tanta certeza assim.
Mas eu tenho certeza absoluta, e isso é bizarro. Bizarríssimo.

A verdade é que é tão diferente, mas tão diferente, de tudo o que já me aconteceu, que eu simplesmente me sinto perdida. Me sinto uma criança. Uma criança feliz. E que tem medo de perder tanta felicidade.

Estou: cansada... e vendo Renan e Rodrigo jogar Need for Speed =P
Quero: Muitas coisas... mas eu queria mesmo era ficar deitada, conversando, sossegada.
Saudades de: Nesse momento... nada.
Ouvindo: Jerry Lee Lewis - Ces La Vie

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Mais um ano que passou voando...

Eu ando querendo escrever... mas eu nunca tive talento pra escrever quando estou feliz.
Eu não sei... esses dias escrevi um poema sobre isso (contraditório, não? rs)... quando estou feliz, parece que a minha felicidade não cabe em palavras... é o caso, atualmente.
E torna-se difícil analisar tudo o que aconteceu antes, que culminou na felicidade atual.

Se fosse definir meu ano em uma palavra, seria montanha-russa. Cheio de altos e baixos, de reviravoltas e adrenalina. Logo fará um ano que me mudei para o Rio. Tive vontade de voltar pra SP, mais de uma vez. Passei por fases de muito estresse e muita solidão por aqui. Foi uma adaptação muito mais complicada do que eu imaginei. Me frustrei muito mais do que achei que seria possível, mas por outro lado, outras coisas se saíram muito melhores do que o esperado.

No âmbito profissional, me surpreendi comigo mesma. Tanto por descobrir a minha capacidade de me estressar, como por me dar conta que realmente faço bem meu trabalho, por mais que não goste dele. No âmbito social... fiz novos amigos, e alguns amigos que eu achei que estariam mais próximos, não estiveram. Isso foi um baque pra mim, mas hoje já estou bem mais habituada a lidar com isso. Criei outros costumes, outros hábitos, mais cariocas... rs... mas sempre deixando bem acentuada a minha personalidade paulistana no meio disso tudo.

E no âmbito emocional... como em todo o resto... os altos e baixos foram bastante acentuados. Comecei o ano namorando o Renan, uma decisão que hoje sei que não foi muito acertada. Não acho que ele seja uma má pessoa, pelo contrário... só soube, desde o começo, que ele não era uma pessoa que daria certo comigo. Talvez daria, alguns anos atrás, quando eu ainda não tinha tanta certeza sobre a pessoa que sou, e gosto de ser. Enfim... terminou de uma maneira tensa, e é algo que levei algum tempo para assimilar. Depois me envolvi de novo... outro erro, porque eu sempre soube que comigo, essa história de emendar um relacionamento no outro não dá certo. Não durou muito, mas fiquei feliz por ter tido maturidade o suficiente pra manter a amizade. Com isso, ganhei um dos melhores amigos que tenho hoje.

Depois disso tudo, bateu a solidão... somada com o estresse, a saudade da família (que também foi algo surpreendente pra mim... acho que estar longe só intensificou o amor que sinto pela minha família)... foi um período bastante complicado... o momento em que mais tive vontade de desistir de tudo... mas em algum momento, alguma coisa no meu inconsciente me disse que ainda era cedo pra deixar tudo pra trás... e eu resolvi ficar mais um pouco...

Chegou meu aniversário... e eu sempre odiei fazer aniversário... fiquei bastante triste... como sempre. E, como sempre acontece nessas horas também, quando sinto que não tenho mais nada a perder, resolvi criar coragem para chamar as pessoas de quem mais estava sentindo saudade para sair. E essa foi sem dúvidas uma das melhores surpresas do meu ano. As pessoas que foram não eram nem de longe as pessoas que eu esperava que fossem, e ainda assim foi perfeito. E desse dia, saiu o motivo que me deixa tão absurdamente feliz hoje.

Improvável, inesperado, inusitado. São os adjetivos que mais se encaixam ao que aconteceu naquele dia. Foi tudo tão espontâneo, natural.. e os dias que se seguiram também, as conversas... o sentimento foi crescendo, foi dominando... foi simplesmente inevitável me apaixonar. Mas o mais incrível foi ele ter se apaixonado por mim da mesma forma. Isso superou os meus melhores sonhos. Até hoje me pego pensando se é de fato real, se é realmente possível que alguém como ele possa realmente gostar de mim dessa forma.

Eu sou uma pessoa analítica, esse é inclusive o motivo da existência desse blog. Logo... tudo isso que estou escrevendo a respeito de nós dois, não é só porque estou apaixonada. Em todas as vezes que me apaixonei/me envolvi com alguém, sempre fui capaz de analisar as coisas com algum distanciamento, de um ponto de vista crítico. Sempre fui capaz de distinguir quais eram os pontos que eu gostava, e quais os pontos que eram potencialmente complicados. Claro que a paixão distorce um pouco, mas ainda assim, mesmo que de uma maneira intuitiva, eu sabia enxergar esse tipo de coisa. E dessa vez... simplesmente não vejo nada. Simplesmente estou com uma pessoa que é exatamente do jeito que sempre sonhei. Uma vez escrevi sobre nunca encontrar uma pessoa que me acompanhasse, que estivesse em perfeita sintonia... bom, parece que dessa vez aconteceu..

Entendem porque não dá pra mensurar minha felicidade?

Que venha 2012!

Estou: Absurdamente feliz.
Quero: Fugir pra ver o Rodrigo... não?? rs
Saudades de: o próprio!! rs
Ouvindo: Yes - Hold On

domingo, 4 de dezembro de 2011

Sobre algo novo...

"...And I realize you're mineIndeed a fool of mineAnd I realize you're mineIndeed a fool and mine
Heaven smiles above meWhat a gift there belowBut no one knows
A gift that you give to meNo one knows"
Queens of the Stone Age - No one knows
Como sempre... tenho a prova de que as melhores coisas da minha vida acontecem quando eu menos espero.Foi necessário tudo o que vivi. Toda a dor de cabeça, toda a desilusão, toda a porra toda que aconteceu comigo esse ano.Porque quando eu cheguei no momento em que eu não esperava mais absolutamente nada de bom...Você veio.
Estou: Mais feliz do que saberia dizer.Quero: Outras noites como esta. E outros dias. E outros momentos eternos.Saudades de: De quem acabei de ver. Lembram-se do "outro R"?? Então...Ouvindo: Discografia do Queens of the Stone Age... repetindo "No one knows" mais vezes que o normal... rs

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Sobre um festival...

Como descrever um dia perfeito?

Levantar 6hrs da manhã debaixo da chuva torrencial e característica de SP. Banho, mochila, ônibus. Centro. Rodoviária. 1hr e meia de estrada. Rodoviária de Paulínia. Comer, ir no banheiro, se preparar. Henrique, Thaís, Léo e Cássio. Chuva, chuva, chuva. Fila do caralho pra entrar. Capa de chuva irritando. Copo de cerveja logo de cara. Lama. Muita lama. Duff McKagan Reloaded tocando Guns. Black Rebel Motorcycle Club, Spread Your Love like a fever.Thiago e Joey se juntaram à turma. Deixar todo mundo pra trás e morrer de pular no Down. 311... hein? Sonic Youth... hein?? Me perder de todo mundo. Celular acabando a bateria. Thaís? Achei o povo do RJ, ufa! E essa porra dessa chuva que não pára? Primus = tédio. Megadeth... CARALHOOOO, MEGADETH!!!!! Trust logo de cara, só pra começar arregaçando. Show impecável, Mustaine com as costas fudidas e tudo. Pra ser melhor, só faltava ter sido mais longo. Sair do Palco Consciência pra ver Stone Temple Pilots?? Pra quê? Espera pelo Alice in Chains. Chuva, chuva, chuva [2]. Luzes se apagam. Suspense. Ansiedade. Coração pulando no peito. De repente... THEM BONES, PORRA!!!! E emendou com Damn that River... e RAIN WHEN I DIE!!! EMBAIXO DE CHUVA!!!! Mega já tinha morrido... e AGAIN!!! AGAIN!! AGAIN!!! Caralho... Check my brain, pra dar uma respirada... IT AIN'T LIKE THAT!!! Voz, pra quê voz?? Your decision... acendi um cigarro... Got Me Wrong, WE DIE YOUNG!!!!!! Last of my kind... porra, o cd novo é do caralho... Down in a Hole. Se até ali eu só estava com os olhos cheios de lágrimas, foi quando elas finalmente começaram a descer. E já estava perfeito, mas é claro que eu ainda não sabia o quanto iria chorar, porque a próxima... foi nada menos do que... to Layne and Mike... NUTSHELL!

(pausa pra parar de chorar)

Só de lembrar... arrepia. E por mim minha vida poderia ter acabado ali, naquele momento. Acid Bubble, pra retomar o controle de mim mesma. Mas eu ainda tinha que fuder minha garganta muito mais. Pra isso... ANGRY CHAIR + MAN IN THE BOX!!! Pausa pro bis. Acho que meu coração parou junto. ROOSTER!!!! No excuses... "you my friend, I will defend... and if we change, well, I love you anyway"... e eu cantei essa música pra pessoa que estava do meu lado. Aliás, muito obrigada por estar ali. Significou mais pra mim do que você imagina... ahhhh, mas o show não poderia terminar sem porrada... e pra isso, nada melhor do que WOULD!!!! Baixo fdp... e eu me despedindo do melhor show da minha vida.

Faith no More, pra terminar o dia. Teria curtido mais o show, se ainda me restassem energias. Porque só me restavam o cansaço, a dor nas pernas, dor nas costas e uma alma destruídamente feliz. Mike Patton gritando pro câmera, huahuahuahua... só o Mike Patton nos faria rir naquele momento. Palhaçadas,e uma voz impecável. Faltou A Small Victory. Mas tudo bem, eu já estava satisfeita. Meu dia já tinha valido a pena. Minha vida já tinha recuperado a sua razão de ser.

Todos se arrastando até a saída... despedidas... cadê a Thaís??? Putz, que fome! Achei Thaís, Thiago e Joey na praça de alimentação. 2 pastéis e coca-cola. Van pra voltar pra casa. Pés latejando de dor, a ponto de não me deixar dormir. Casa da Thaís, finalmente. Banho quente, que delícia! Lama até os joelhos, roupa e tênis em estado irrecuperável. Três lanches e uma bela xícara de café. Cama, finally.

Obrigada à todos que tornaram meu dia perfeito. Nem chuva, nem lama, nem fome, nem frio e nem cansaço conseguiram arruinar minha felicidade. Aos amigos que estiveram comigo, em especial Thaís Caroline e Henrique Arthur, vocês tornaram o perfeito ainda melhor. Renan Vasconcelos, queria muito, MUITO, ter encontrado com você. Show do Alice era pra você estar comigo.

E ao Alice in Chains, é claro, o meu maior agradecimento. Por me proporcionar a sensação de ser a pessoa mais realizada do mundo, ao menos por alguns instantes. Por serem o melhor presente de aniversário que eu poderia ter ganho neste mês de novembro. Por traduzirem minha alma em suas canções. Por tirarem minha respiração, por homenagearem um dos artistas que mais admiro no mundo, e que infelizmente não está mais entre nós. RIP Layne and Mike, Alice in Chains forever.

Estou: Extremamente esgotada, de todas as formas possíveis.
Quero: Ficar nessa cama como se não houvesse amanhã.
Saudades de: De estar lá, em Paulínia...
Ouvindo: Alice in Chains - Nutshell (claro).