Tem dias em que venho escrever por estar com uma série de pensamentos acumulados... na verdade é o que normalmente acontece...
Outros, que venho desabafar... pedir ajuda, às vezes sutilmente, outras nem tanto.
Hoje eu vim aqui simplesmente porque precisava conversar, e não tenho ninguém pra fazer isso agora.
Tudo começou com um sonho, que tive hoje à tarde.
Sonhei com um desconhecido. Me lembrava muito o ator de Beleza Americana, não o Kevin Spacey, o outro menino... sonhei que tinha acabado de conhecê-lo, e que o tinha levado à minha casa. Morava com meus pais ainda. O sonho foi bem simples, eu o apresentava aos meus pais, ele pedia pra trocar de roupa... depois ficávamos na sala, ele dizia que estava com o videogame com ele, e depois me beijava. Assim, na sala da casa dos meus pais, sendo um desconhecido. Depois disso eu acordei.
Eu fiquei triste com o sonho. Fiquei triste pelo desejo que ele implica.
Estou vivendo atualmente uma época em que tenho mantido minhas emoções bem trancadas em uma gaveta. Esta é a única maneira que encontrei pra suportar tanta solidão. E é uma solidão em todos os sentidos.
O problema é que eu sofri, muito recentemente, uma decepção tão grande, mas tão grande, que ela não cabe em mim. Ela transborda na minha face, nas minhas atitudes. E o pior de tudo é saber que a causadora dessa decepção foi eu mesma.
Não me refiro ao meu ex-namorado. Namorar com ele foi um erro, por mais que eu gostasse dele. Foi um ato de puro egoísmo e carência, uma vez que eu sempre soube, no fundo, que não daria certo.
Eu devia ter desconfiado que era bom demais pra ser verdade. É impressionante como, mesmo ao longo de 10 anos de sofrimento, eu não aprendi quase nada. Às vezes me sinto como aquela mesma garota de 14 anos que se apaixonou pelo menino cabeludo com o violão na mão. Claro que não é mais a mesma pessoa, nem a mesma maneira de pensar, nem o mesmo jeito de lidar com a dor. Mas a esperança foi exatamente a mesma.
Desde que aceitei que não teria meu primeiro amor de volta na minha vida, nem como amigo, desde que entendi que determinadas situações e erros são simplesmente ruins demais para serem reparados, e desde que parei, sinceramente, de sentir falta daquela época, eu imaginei viver coisas diferentes, emoções diferentes. Tinha me conformado à idéia de não sentir novamente nada tão intenso quanto aquilo, e de verdade, isso me deixava aliviada. Eu não quero aquela dor pra mim nunca mais. Eu estava pronta pra amar de outra forma, de um jeito mais saudável e mais feliz.
De certa forma, eu consegui isso. Me tornei uma pessoa mais tranquila quanto a meus sentimentos. Consegui me tornar uma pessoa menos sufocante, mais natural. Mais sensata, de uma forma geral.
Mas eu não sei até que ponto as coisas se perderam pra mim. Sei que quando eu menos esperava, pronto: lá estava outra pessoa. Completamente de surpresa, me pegando completamente desprevenida. Claro que tive outros relacionamentos entre esses dois em particular, mas nada poderia ter me preparado pra sentir com tanta intensidade de novo.
E ao mesmo tempo que foi completamente diferente, foi completamente igual. E por incrível que pareça, as diferenças tornam tudo ainda mais doloroso. Antes ele tivesse sido indiferente, desde o começo.
Eu não queria escrever sobre isso. Não queria que ficasse registrado, de nenhuma forma, pois foi tão curto e efêmero... mas eu nunca soube esconder o que sinto. Não por muito tempo, pelo menos. E talvez seja por isso que estou tão triste hoje.
A minha decepção é por ter me entregado tão completamente, mesmo sabendo que não iria durar... me atirei do abismo sem pensar, com a certeza que mais cedo ou mais tarde me espatifaria no chão. Eu não deveria ter feito isso. Por melhor que tenha sido, por mais viva que eu tenha me sentido, eu me arrependo. Porque quem sobrou com a dor foi eu, e o que é pior, não consigo nem contar com ele mais pra me ajudar.
E não posso culpá-lo, uma vez que ele foi completamente sincero, desde sempre. Ele continua sendo tão bom pra mim quanto sempre, mas o incômodo é meu. Não vou estragar a felicidade dele dizendo o quanto sinto sua falta. Não é assim que amizades funcionam.
E nesse misto de amor/amizade, que sempre é extremamente confuso, eu também já nem sei exatamente o porquê de eu sentir falta. Eu já não sei precisamente se é do amor que sinto falta, ou se da amizade. Só sinto que algo se perdeu no meio do caos, a espontaneidade, talvez. Pelo menos a minha sim.
A amizade é um dos motivos pelo qual eu não queria escrever, também. Não sei nem se ele sabe que esse blog existe, mas eu não gostaria que ele lesse esse post. Não gostaria que ele se responsabilizasse por essa tristeza minha. Mas eu preciso dizer. Preciso tirar isso de dentro de mim.
Sei que no fim das contas, essa decepção me leva ao meu estado atual: praticamente letárgica. Sem vontade de fazer outra coisa além de dormir. E dando muito pouco crédito às pessoas.
Sim, eu precisava muito de alguém do meu lado. Pra afastar essa solidão, e me tirar dessa concha. Me fazer abrir pro mundo novamente. E daí o sonho. E daí a tristeza.
Estou: Me sentindo horrivelmente sozinha
Quero: Colo
Saudades de: Pessoal de Madureira/Campinho e etc...
Ouvindo: Pearl Jam - Yellow Ledbetter
sábado, 24 de setembro de 2011
domingo, 11 de setembro de 2011
Escrever é um ato solitário.
É a mais pura verdade.
Assim como todas as coisas que escrevi por aqui, cheguei à esse pensamento devido a uma série de outros pensamentos sobre outros assuntos, então vou começar a explicar o porquê disso pelo começo.
Eu na verdade estava refletindo sobre o quanto tenho me sentido isolada do mundo, e automaticamente pensando nas razões disso e o que eu poderia fazer a respeito. O que acontece é que eu, de uma maneira geral, me vejo sendo uma pessoa muito diferente das outras. Ou pelo menos das pessoas que conheço. Eu não sei até que ponto isso é neurose minha, é complicado enxergar essa situação sob um ângulo neutro, se tratando de mim mesma. Talvez seja eu que não conheço as pessoas à fundo. Ou não conheci ainda as pessoas certas.
Entre essas diferenças, vejo por exemplo a facilidade que tenho em analisar qualquer situação sob um ponto de vista filosófico/racional, de modo que eu consiga compreender as coisas que acontecem comigo de uma maneira que me possibilite tirar conclusões lógicas e concretas sobre o assunto. A maioria das pessoas me conhece pela minha intensidade emocional, que acreditem, não é pequena. Mas numa espécie de paradoxo, eu sou extremamente racional também. Às vezes penso que se existe algo em mim que é perfeitamente equilibrado, é isso. Tenho a capacidade de morrer de amores num dia e decretar foda-se completo no dia seguinte. Extremista sim, sempre, mas são duas coisas em mim que se manifestam com a mesma intensidade e frequência.
Outra coisa que não vejo habitualmente nas pessoas mas que é algo bastante marcante em mim é minha versatilidade, ou talvez pluralidade de personalidade. Eu sou várias pessoas diferentes em uma só. Consigo gostar, verdadeiramente, de inúmeras coisas extremamente opostas. Lidar com praticamente qualquer tipo de pessoa, topar praticamente qualquer coisa. E não fazer isso apenas pra não ficar de fora de uma situação ou só pra parecer uma pessoa descolada. Faço coisas diferentes porque gosto, ando com pessoas diferentes umas das outras porque tem um pedaço de mim que se identifica com cada uma delas. Isso me torna uma pessoa extrovertida, antipática, sociável, anti-social, junkie, responsável, irresponsável, perigosa, amável, amiga, divertida, melancólica, vingativa, pessimista, otimista, forte, fraca, sarcástica, sincera... e mais uma porção de outras coisas, tudo ao mesmo tempo. Até acredito que as pessoas possam ter essa mesma versatilidade, mas eu não vejo isso manifestado de uma maneira clara. Ou pelo menos não tão clara quanto vejo em mim. Como eu disse no começo, o problema pode ser que eu não conheço as pessoas tão bem quanto acredito que conheça, mas se é o caso, não tenho como saber. Minhas análises são baseadas naquilo que vejo, somente. O resto são hipóteses e suposições.
Por último, pra enumerar as coisas em mim que julgo mais diferentes dos demais, está a minha facilidade de me expressar, principalmente em relação à sentimentos. Percebi que ao longo dos anos, além de eu conseguir expôr meus sentimentos de uma maneira muito mais clara, eu desenvolvi uma grande habilidade manipuladora. Talvez, se alguém de fato ler tudo isso que estou escrevendo (o que eu acredito que também não acontece com frequencia), essa pessoa pode pensar em qual é a vantagem que eu levo em admitir publicamente que sou capaz de manipular as pessoas. Eu respondo essa questão dizendo primeiro que no fundo, inconsciente ou conscientemente, todos somos manipuladores, alguns mais habilidosos, outros nem tanto. E segundo digo que considerando que essa é mais uma das minhas análises sobre mim mesma, eu estou aqui deixando registrado que, no meu caso, essa habilidade se tornou consciente recentemente. E não tenho medo que as pessoas se afastem de mim por causa disso. De verdade.
De qualquer forma, agora chegando à conclusão de todas essas reflexões de uma maneira unificada, eu chego à única alternativa que encontrei para expressar tantas diferenças, ou ser tão diferente, sem que eu tenha a sensação de que estou passando horas e horas tentando explicar o inexplicável: escrevo. Sempre que tenho uma opinião, sentimento ou sensação sobre determinados momentos ou fases da vida, e julgo que é um ponto de vista muito particular, baseado justamente nas coisas que eu considero que me tornam tão diferente das outras pessoas, eu escrevo, normalmente aqui. Deixo público, para que as pessoas tenham a oportunidade de ler, se sentirem verdadeiramente o interesse por isso. Mas sei que é um ato solitário. Sempre foi. E acredito que seja assim com todas as pessoas que escrevem sobre sentimentos, embora eu não conheça muitas delas, atualmente. Ou talvez seja com todas as pessoas que escrevem, de uma maneira geral. Parando pra pensar em todos os tipos de escritores, cronistas, romancistas, editores, amadores, ficcionistas, adultos, adolescentes, etc, o momento de escrever é particular, meditativo e, por excelência, solitário. Portanto, nada melhor do que um ato solitário para expressar a solidão.
Ou ao menos é o que eu acho.
Estou: na casa do meu irmão, em SP.
Quero: passar o dia inteiro sem fazer nada
Saudades de: minha casa, no RJ (ainda não ando com vontade de falar das saudades sentimentais)
Ouvindo: a TV..
Assim como todas as coisas que escrevi por aqui, cheguei à esse pensamento devido a uma série de outros pensamentos sobre outros assuntos, então vou começar a explicar o porquê disso pelo começo.
Eu na verdade estava refletindo sobre o quanto tenho me sentido isolada do mundo, e automaticamente pensando nas razões disso e o que eu poderia fazer a respeito. O que acontece é que eu, de uma maneira geral, me vejo sendo uma pessoa muito diferente das outras. Ou pelo menos das pessoas que conheço. Eu não sei até que ponto isso é neurose minha, é complicado enxergar essa situação sob um ângulo neutro, se tratando de mim mesma. Talvez seja eu que não conheço as pessoas à fundo. Ou não conheci ainda as pessoas certas.
Entre essas diferenças, vejo por exemplo a facilidade que tenho em analisar qualquer situação sob um ponto de vista filosófico/racional, de modo que eu consiga compreender as coisas que acontecem comigo de uma maneira que me possibilite tirar conclusões lógicas e concretas sobre o assunto. A maioria das pessoas me conhece pela minha intensidade emocional, que acreditem, não é pequena. Mas numa espécie de paradoxo, eu sou extremamente racional também. Às vezes penso que se existe algo em mim que é perfeitamente equilibrado, é isso. Tenho a capacidade de morrer de amores num dia e decretar foda-se completo no dia seguinte. Extremista sim, sempre, mas são duas coisas em mim que se manifestam com a mesma intensidade e frequência.
Outra coisa que não vejo habitualmente nas pessoas mas que é algo bastante marcante em mim é minha versatilidade, ou talvez pluralidade de personalidade. Eu sou várias pessoas diferentes em uma só. Consigo gostar, verdadeiramente, de inúmeras coisas extremamente opostas. Lidar com praticamente qualquer tipo de pessoa, topar praticamente qualquer coisa. E não fazer isso apenas pra não ficar de fora de uma situação ou só pra parecer uma pessoa descolada. Faço coisas diferentes porque gosto, ando com pessoas diferentes umas das outras porque tem um pedaço de mim que se identifica com cada uma delas. Isso me torna uma pessoa extrovertida, antipática, sociável, anti-social, junkie, responsável, irresponsável, perigosa, amável, amiga, divertida, melancólica, vingativa, pessimista, otimista, forte, fraca, sarcástica, sincera... e mais uma porção de outras coisas, tudo ao mesmo tempo. Até acredito que as pessoas possam ter essa mesma versatilidade, mas eu não vejo isso manifestado de uma maneira clara. Ou pelo menos não tão clara quanto vejo em mim. Como eu disse no começo, o problema pode ser que eu não conheço as pessoas tão bem quanto acredito que conheça, mas se é o caso, não tenho como saber. Minhas análises são baseadas naquilo que vejo, somente. O resto são hipóteses e suposições.
Por último, pra enumerar as coisas em mim que julgo mais diferentes dos demais, está a minha facilidade de me expressar, principalmente em relação à sentimentos. Percebi que ao longo dos anos, além de eu conseguir expôr meus sentimentos de uma maneira muito mais clara, eu desenvolvi uma grande habilidade manipuladora. Talvez, se alguém de fato ler tudo isso que estou escrevendo (o que eu acredito que também não acontece com frequencia), essa pessoa pode pensar em qual é a vantagem que eu levo em admitir publicamente que sou capaz de manipular as pessoas. Eu respondo essa questão dizendo primeiro que no fundo, inconsciente ou conscientemente, todos somos manipuladores, alguns mais habilidosos, outros nem tanto. E segundo digo que considerando que essa é mais uma das minhas análises sobre mim mesma, eu estou aqui deixando registrado que, no meu caso, essa habilidade se tornou consciente recentemente. E não tenho medo que as pessoas se afastem de mim por causa disso. De verdade.
De qualquer forma, agora chegando à conclusão de todas essas reflexões de uma maneira unificada, eu chego à única alternativa que encontrei para expressar tantas diferenças, ou ser tão diferente, sem que eu tenha a sensação de que estou passando horas e horas tentando explicar o inexplicável: escrevo. Sempre que tenho uma opinião, sentimento ou sensação sobre determinados momentos ou fases da vida, e julgo que é um ponto de vista muito particular, baseado justamente nas coisas que eu considero que me tornam tão diferente das outras pessoas, eu escrevo, normalmente aqui. Deixo público, para que as pessoas tenham a oportunidade de ler, se sentirem verdadeiramente o interesse por isso. Mas sei que é um ato solitário. Sempre foi. E acredito que seja assim com todas as pessoas que escrevem sobre sentimentos, embora eu não conheça muitas delas, atualmente. Ou talvez seja com todas as pessoas que escrevem, de uma maneira geral. Parando pra pensar em todos os tipos de escritores, cronistas, romancistas, editores, amadores, ficcionistas, adultos, adolescentes, etc, o momento de escrever é particular, meditativo e, por excelência, solitário. Portanto, nada melhor do que um ato solitário para expressar a solidão.
Ou ao menos é o que eu acho.
Estou: na casa do meu irmão, em SP.
Quero: passar o dia inteiro sem fazer nada
Saudades de: minha casa, no RJ (ainda não ando com vontade de falar das saudades sentimentais)
Ouvindo: a TV..
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Nova Europa
Às vezes a gente tem medo de ficar sozinho. Medo de se desconectar, de dar um tempo, de tirar um tempo pra si mesmo. É difícil acontecer comigo, mas de vez em quando também sinto isso. Medo que eu deixe de ser importante pras pessoas se eu me tornar ausente da vida delas, mesmo que por um curto período de tempo. Mas eu reuni minhas poucas forças que restavam e tomei coragem pra fazer isso. Vim pro interior, passar alguns dias das minhas merecidas férias longe do mundo. E, é claro, o resultado disso está sendo muito melhor do que eu previa.
Precisei de alguns dias para esvaziar minha mente o suficiente, até conseguir analisar minha vida por outro ângulo. A princípio ainda pensava muito nas pessoas, ficava o tempo todo checando facebook e MSN pra ver o que tinha acontecido, o que eu estava perdendo. Ver principalmente se alguém tinha lembrado de mim, se alguém estava sentindo minha falta. É engraçado como temos essas tolices. Quando nossa vida não vai bem, o medo de perder as pessoas que nos mantém seguindo em frente triplica. Nos esquecemos do valor que temos.
Pouco a pouco fui me desligando. Me envolvendo mais com a família e as atividades daqui. E a mente foi esvaziando, ao mesmo tempo em que comecei a compreender várias coisas.
Primeiro percebi o quanto me tornei uma pessoa amargurada. Foram tantas as situações, sofrimentos, dores e decepções, que cheguei ao ponto de não acreditar em mais nada, nem esperar nada. Já tinha falado sobre isso antes aqui, mas eu não tinha percebido ainda o quanto eu estava afastando pessoas que realmente gostam de mim por conta disso. Meu pessimismo, minha frieza e minha melancolia tornaram minha vida sombria e solitária. E sei que isso não vai mudar, mas percebi que preciso encarar a vida com mais leveza. Me tranquilizar um pouco mais e deixar que as coisas sigam seu curso. Parar um pouco de sofrer por antecipação ou deixar que minha imaginação distorça a realidade até deixá-la irreconhecível ou insuportável. Resumindo, eu preciso de novas forças, novas energias, e é o tipo de coisa que eu só poderei encontrar em mim mesma.
Outra coisa que percebi é que preciso criar coragem pra fazer de fato o que eu quero. Deixar de lado um pouco essa sensação de que não sou boa o suficiente pra isso. Me preocupar um pouco menos, arriscar mais. Ir atrás dos meus objetivos e dos meus sonhos. Outra coisa que também preciso de novas forças para ir atrás.
E é por isso que recarregar as baterias aqui, longe dos meus problemas e dos problemas dos outros, foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado nos últimos tempos. Ainda tenho mais alguns dias de merecida paz, depois quero outros de merecida diversão em SP e, em seguida, mãos à obra. Hora de mudar minha vida. Finalmente.
Estou: Curtindo um pouco de paz.
Quero: Colocar em prática tudo o que estou planejando.
Saudades de: Saudades é um assunto que me incomoda um pouco atualmente... prefiro focar em outras coisas, preciso, na verdade.
Ouvindo: Alice in Chains - Junkhead
Precisei de alguns dias para esvaziar minha mente o suficiente, até conseguir analisar minha vida por outro ângulo. A princípio ainda pensava muito nas pessoas, ficava o tempo todo checando facebook e MSN pra ver o que tinha acontecido, o que eu estava perdendo. Ver principalmente se alguém tinha lembrado de mim, se alguém estava sentindo minha falta. É engraçado como temos essas tolices. Quando nossa vida não vai bem, o medo de perder as pessoas que nos mantém seguindo em frente triplica. Nos esquecemos do valor que temos.
Pouco a pouco fui me desligando. Me envolvendo mais com a família e as atividades daqui. E a mente foi esvaziando, ao mesmo tempo em que comecei a compreender várias coisas.
Primeiro percebi o quanto me tornei uma pessoa amargurada. Foram tantas as situações, sofrimentos, dores e decepções, que cheguei ao ponto de não acreditar em mais nada, nem esperar nada. Já tinha falado sobre isso antes aqui, mas eu não tinha percebido ainda o quanto eu estava afastando pessoas que realmente gostam de mim por conta disso. Meu pessimismo, minha frieza e minha melancolia tornaram minha vida sombria e solitária. E sei que isso não vai mudar, mas percebi que preciso encarar a vida com mais leveza. Me tranquilizar um pouco mais e deixar que as coisas sigam seu curso. Parar um pouco de sofrer por antecipação ou deixar que minha imaginação distorça a realidade até deixá-la irreconhecível ou insuportável. Resumindo, eu preciso de novas forças, novas energias, e é o tipo de coisa que eu só poderei encontrar em mim mesma.
Outra coisa que percebi é que preciso criar coragem pra fazer de fato o que eu quero. Deixar de lado um pouco essa sensação de que não sou boa o suficiente pra isso. Me preocupar um pouco menos, arriscar mais. Ir atrás dos meus objetivos e dos meus sonhos. Outra coisa que também preciso de novas forças para ir atrás.
E é por isso que recarregar as baterias aqui, longe dos meus problemas e dos problemas dos outros, foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado nos últimos tempos. Ainda tenho mais alguns dias de merecida paz, depois quero outros de merecida diversão em SP e, em seguida, mãos à obra. Hora de mudar minha vida. Finalmente.
(post escrito originalmente em 03-09-2011)
Quero: Colocar em prática tudo o que estou planejando.
Saudades de: Saudades é um assunto que me incomoda um pouco atualmente... prefiro focar em outras coisas, preciso, na verdade.
Ouvindo: Alice in Chains - Junkhead
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