terça-feira, 16 de agosto de 2011

Quando não há mais o que dizer...

Eu cheguei nesse ponto. Não é vontade de ficar sozinha, não é vontade de mandar ninguém à merda, não é vontade de ficar quieta. Eu simplesmente não tenho mais o que dizer.
Todo mundo já sabe o que acontece, ou pelo menos já sabe tudo aquilo que eu quero que saiba. Já sabem do meu estresse, já sabem as causas, já sabem o que eu quero e preciso fazer pra que isso melhore. Eu já tenho a resposta prática e a solução pros meus problemas.
E então por que eu continuo tão triste?
Eu também sei a resposta: por tudo aquilo que eu não quero que as pessoas saibam.
Eu estava pensando no quanto tenho uma necessidade constante de conhecer pessoas novas, de estar em situações novas... e também sei o motivo. Quando fico em situações como essa, em que já não tenho mais o que dizer, nem o que explicar, sem me abrir mais do que eu gostaria, eu tendo a fugir... fugir pra pessoas que não me conheçam, que não façam perguntas, e aí eu não preciso mentir.
E é por isso que eu tenho pensado atualmente, com bastante frequencia, em uma pessoa que não deveria estar nos meus pensamentos, por nenhuma razão óbvia. É uma pessoa que gosto, uma pessoa que quero bem, que me faz bem, mas que não faz parte da minha vida de nenhuma maneira intensa. É só uma pessoa legal, uma pessoa boa. Uma pessoa que julgo merecedora dos meus pensamentos. E que sabe bem pouco sobre mim.
Uma vez li num livro que o pressuposto para uma terapia dar certo é que o paciente seja completamente sincero. Uma vez que eu nunca falo tudo o que realmente acontece, é meio improvável que qualquer conversa, com qualquer pessoa, me renda reais resultados. No fim das contas eu sempre acabo procurando soluções por conta própria, e nem sempre essas soluções são as melhores. Mas são sempre baseadas naquilo que eu posso suportar.
E por incrível que pareça, eu sou capaz de suportar bastante coisa. Mas por outro lado... existem algumas situações pelas quais eu não pretendo passar nunca mais na minha vida, e isso me faz tomar algumas decisões que talvez sejam até precipitadas... mas não dá. Quando a gente reconhece os momentos da nossa vida que nos trouxeram os maiores sofrimentos, a gente não quer reprises, em hipótese alguma. É praticamente uma síndrome do pânico.
Enfim... é isso. Falando tudo sem falar nada, como sempre.

Estou: Como disse ao Danilo hoje, cansada, estressada, doente e deprimida.
Quero: Que 13 dias passem voando até minhas férias.
Saudades de: Meus pais... de não ter com o que me preocupar... e de outro R.
Ouvindo: Led Zeppelin - Dazed and Confused.

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