Eu ando querendo escrever... mas eu nunca tive talento pra escrever quando estou feliz.
Eu não sei... esses dias escrevi um poema sobre isso (contraditório, não? rs)... quando estou feliz, parece que a minha felicidade não cabe em palavras... é o caso, atualmente.
E torna-se difícil analisar tudo o que aconteceu antes, que culminou na felicidade atual.
Se fosse definir meu ano em uma palavra, seria montanha-russa. Cheio de altos e baixos, de reviravoltas e adrenalina. Logo fará um ano que me mudei para o Rio. Tive vontade de voltar pra SP, mais de uma vez. Passei por fases de muito estresse e muita solidão por aqui. Foi uma adaptação muito mais complicada do que eu imaginei. Me frustrei muito mais do que achei que seria possível, mas por outro lado, outras coisas se saíram muito melhores do que o esperado.
No âmbito profissional, me surpreendi comigo mesma. Tanto por descobrir a minha capacidade de me estressar, como por me dar conta que realmente faço bem meu trabalho, por mais que não goste dele. No âmbito social... fiz novos amigos, e alguns amigos que eu achei que estariam mais próximos, não estiveram. Isso foi um baque pra mim, mas hoje já estou bem mais habituada a lidar com isso. Criei outros costumes, outros hábitos, mais cariocas... rs... mas sempre deixando bem acentuada a minha personalidade paulistana no meio disso tudo.
E no âmbito emocional... como em todo o resto... os altos e baixos foram bastante acentuados. Comecei o ano namorando o Renan, uma decisão que hoje sei que não foi muito acertada. Não acho que ele seja uma má pessoa, pelo contrário... só soube, desde o começo, que ele não era uma pessoa que daria certo comigo. Talvez daria, alguns anos atrás, quando eu ainda não tinha tanta certeza sobre a pessoa que sou, e gosto de ser. Enfim... terminou de uma maneira tensa, e é algo que levei algum tempo para assimilar. Depois me envolvi de novo... outro erro, porque eu sempre soube que comigo, essa história de emendar um relacionamento no outro não dá certo. Não durou muito, mas fiquei feliz por ter tido maturidade o suficiente pra manter a amizade. Com isso, ganhei um dos melhores amigos que tenho hoje.
Depois disso tudo, bateu a solidão... somada com o estresse, a saudade da família (que também foi algo surpreendente pra mim... acho que estar longe só intensificou o amor que sinto pela minha família)... foi um período bastante complicado... o momento em que mais tive vontade de desistir de tudo... mas em algum momento, alguma coisa no meu inconsciente me disse que ainda era cedo pra deixar tudo pra trás... e eu resolvi ficar mais um pouco...
Chegou meu aniversário... e eu sempre odiei fazer aniversário... fiquei bastante triste... como sempre. E, como sempre acontece nessas horas também, quando sinto que não tenho mais nada a perder, resolvi criar coragem para chamar as pessoas de quem mais estava sentindo saudade para sair. E essa foi sem dúvidas uma das melhores surpresas do meu ano. As pessoas que foram não eram nem de longe as pessoas que eu esperava que fossem, e ainda assim foi perfeito. E desse dia, saiu o motivo que me deixa tão absurdamente feliz hoje.
Improvável, inesperado, inusitado. São os adjetivos que mais se encaixam ao que aconteceu naquele dia. Foi tudo tão espontâneo, natural.. e os dias que se seguiram também, as conversas... o sentimento foi crescendo, foi dominando... foi simplesmente inevitável me apaixonar. Mas o mais incrível foi ele ter se apaixonado por mim da mesma forma. Isso superou os meus melhores sonhos. Até hoje me pego pensando se é de fato real, se é realmente possível que alguém como ele possa realmente gostar de mim dessa forma.
Eu sou uma pessoa analítica, esse é inclusive o motivo da existência desse blog. Logo... tudo isso que estou escrevendo a respeito de nós dois, não é só porque estou apaixonada. Em todas as vezes que me apaixonei/me envolvi com alguém, sempre fui capaz de analisar as coisas com algum distanciamento, de um ponto de vista crítico. Sempre fui capaz de distinguir quais eram os pontos que eu gostava, e quais os pontos que eram potencialmente complicados. Claro que a paixão distorce um pouco, mas ainda assim, mesmo que de uma maneira intuitiva, eu sabia enxergar esse tipo de coisa. E dessa vez... simplesmente não vejo nada. Simplesmente estou com uma pessoa que é exatamente do jeito que sempre sonhei. Uma vez escrevi sobre nunca encontrar uma pessoa que me acompanhasse, que estivesse em perfeita sintonia... bom, parece que dessa vez aconteceu..
Entendem porque não dá pra mensurar minha felicidade?
Que venha 2012!
Estou: Absurdamente feliz.
Quero: Fugir pra ver o Rodrigo... não?? rs
Saudades de: o próprio!! rs
Ouvindo: Yes - Hold On
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
domingo, 4 de dezembro de 2011
Sobre algo novo...
"...And I realize you're mineIndeed a fool of mineAnd I realize you're mineIndeed a fool and mine
Heaven smiles above meWhat a gift there belowBut no one knows
A gift that you give to meNo one knows"
Queens of the Stone Age - No one knows
Como sempre... tenho a prova de que as melhores coisas da minha vida acontecem quando eu menos espero.Foi necessário tudo o que vivi. Toda a dor de cabeça, toda a desilusão, toda a porra toda que aconteceu comigo esse ano.Porque quando eu cheguei no momento em que eu não esperava mais absolutamente nada de bom...Você veio.
Estou: Mais feliz do que saberia dizer.Quero: Outras noites como esta. E outros dias. E outros momentos eternos.Saudades de: De quem acabei de ver. Lembram-se do "outro R"?? Então...Ouvindo: Discografia do Queens of the Stone Age... repetindo "No one knows" mais vezes que o normal... rs
Heaven smiles above meWhat a gift there belowBut no one knows
A gift that you give to meNo one knows"
Queens of the Stone Age - No one knows
Como sempre... tenho a prova de que as melhores coisas da minha vida acontecem quando eu menos espero.Foi necessário tudo o que vivi. Toda a dor de cabeça, toda a desilusão, toda a porra toda que aconteceu comigo esse ano.Porque quando eu cheguei no momento em que eu não esperava mais absolutamente nada de bom...Você veio.
Estou: Mais feliz do que saberia dizer.Quero: Outras noites como esta. E outros dias. E outros momentos eternos.Saudades de: De quem acabei de ver. Lembram-se do "outro R"?? Então...Ouvindo: Discografia do Queens of the Stone Age... repetindo "No one knows" mais vezes que o normal... rs
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Sobre um festival...
Como descrever um dia perfeito?
Levantar 6hrs da manhã debaixo da chuva torrencial e característica de SP. Banho, mochila, ônibus. Centro. Rodoviária. 1hr e meia de estrada. Rodoviária de Paulínia. Comer, ir no banheiro, se preparar. Henrique, Thaís, Léo e Cássio. Chuva, chuva, chuva. Fila do caralho pra entrar. Capa de chuva irritando. Copo de cerveja logo de cara. Lama. Muita lama. Duff McKagan Reloaded tocando Guns. Black Rebel Motorcycle Club, Spread Your Love like a fever.Thiago e Joey se juntaram à turma. Deixar todo mundo pra trás e morrer de pular no Down. 311... hein? Sonic Youth... hein?? Me perder de todo mundo. Celular acabando a bateria. Thaís? Achei o povo do RJ, ufa! E essa porra dessa chuva que não pára? Primus = tédio. Megadeth... CARALHOOOO, MEGADETH!!!!! Trust logo de cara, só pra começar arregaçando. Show impecável, Mustaine com as costas fudidas e tudo. Pra ser melhor, só faltava ter sido mais longo. Sair do Palco Consciência pra ver Stone Temple Pilots?? Pra quê? Espera pelo Alice in Chains. Chuva, chuva, chuva [2]. Luzes se apagam. Suspense. Ansiedade. Coração pulando no peito. De repente... THEM BONES, PORRA!!!! E emendou com Damn that River... e RAIN WHEN I DIE!!! EMBAIXO DE CHUVA!!!! Mega já tinha morrido... e AGAIN!!! AGAIN!! AGAIN!!! Caralho... Check my brain, pra dar uma respirada... IT AIN'T LIKE THAT!!! Voz, pra quê voz?? Your decision... acendi um cigarro... Got Me Wrong, WE DIE YOUNG!!!!!! Last of my kind... porra, o cd novo é do caralho... Down in a Hole. Se até ali eu só estava com os olhos cheios de lágrimas, foi quando elas finalmente começaram a descer. E já estava perfeito, mas é claro que eu ainda não sabia o quanto iria chorar, porque a próxima... foi nada menos do que... to Layne and Mike... NUTSHELL!
(pausa pra parar de chorar)
Só de lembrar... arrepia. E por mim minha vida poderia ter acabado ali, naquele momento. Acid Bubble, pra retomar o controle de mim mesma. Mas eu ainda tinha que fuder minha garganta muito mais. Pra isso... ANGRY CHAIR + MAN IN THE BOX!!! Pausa pro bis. Acho que meu coração parou junto. ROOSTER!!!! No excuses... "you my friend, I will defend... and if we change, well, I love you anyway"... e eu cantei essa música pra pessoa que estava do meu lado. Aliás, muito obrigada por estar ali. Significou mais pra mim do que você imagina... ahhhh, mas o show não poderia terminar sem porrada... e pra isso, nada melhor do que WOULD!!!! Baixo fdp... e eu me despedindo do melhor show da minha vida.
Faith no More, pra terminar o dia. Teria curtido mais o show, se ainda me restassem energias. Porque só me restavam o cansaço, a dor nas pernas, dor nas costas e uma alma destruídamente feliz. Mike Patton gritando pro câmera, huahuahuahua... só o Mike Patton nos faria rir naquele momento. Palhaçadas,e uma voz impecável. Faltou A Small Victory. Mas tudo bem, eu já estava satisfeita. Meu dia já tinha valido a pena. Minha vida já tinha recuperado a sua razão de ser.
Todos se arrastando até a saída... despedidas... cadê a Thaís??? Putz, que fome! Achei Thaís, Thiago e Joey na praça de alimentação. 2 pastéis e coca-cola. Van pra voltar pra casa. Pés latejando de dor, a ponto de não me deixar dormir. Casa da Thaís, finalmente. Banho quente, que delícia! Lama até os joelhos, roupa e tênis em estado irrecuperável. Três lanches e uma bela xícara de café. Cama, finally.
Obrigada à todos que tornaram meu dia perfeito. Nem chuva, nem lama, nem fome, nem frio e nem cansaço conseguiram arruinar minha felicidade. Aos amigos que estiveram comigo, em especial Thaís Caroline e Henrique Arthur, vocês tornaram o perfeito ainda melhor. Renan Vasconcelos, queria muito, MUITO, ter encontrado com você. Show do Alice era pra você estar comigo.
E ao Alice in Chains, é claro, o meu maior agradecimento. Por me proporcionar a sensação de ser a pessoa mais realizada do mundo, ao menos por alguns instantes. Por serem o melhor presente de aniversário que eu poderia ter ganho neste mês de novembro. Por traduzirem minha alma em suas canções. Por tirarem minha respiração, por homenagearem um dos artistas que mais admiro no mundo, e que infelizmente não está mais entre nós. RIP Layne and Mike, Alice in Chains forever.
Estou: Extremamente esgotada, de todas as formas possíveis.
Quero: Ficar nessa cama como se não houvesse amanhã.
Saudades de: De estar lá, em Paulínia...
Ouvindo: Alice in Chains - Nutshell (claro).
Levantar 6hrs da manhã debaixo da chuva torrencial e característica de SP. Banho, mochila, ônibus. Centro. Rodoviária. 1hr e meia de estrada. Rodoviária de Paulínia. Comer, ir no banheiro, se preparar. Henrique, Thaís, Léo e Cássio. Chuva, chuva, chuva. Fila do caralho pra entrar. Capa de chuva irritando. Copo de cerveja logo de cara. Lama. Muita lama. Duff McKagan Reloaded tocando Guns. Black Rebel Motorcycle Club, Spread Your Love like a fever.Thiago e Joey se juntaram à turma. Deixar todo mundo pra trás e morrer de pular no Down. 311... hein? Sonic Youth... hein?? Me perder de todo mundo. Celular acabando a bateria. Thaís? Achei o povo do RJ, ufa! E essa porra dessa chuva que não pára? Primus = tédio. Megadeth... CARALHOOOO, MEGADETH!!!!! Trust logo de cara, só pra começar arregaçando. Show impecável, Mustaine com as costas fudidas e tudo. Pra ser melhor, só faltava ter sido mais longo. Sair do Palco Consciência pra ver Stone Temple Pilots?? Pra quê? Espera pelo Alice in Chains. Chuva, chuva, chuva [2]. Luzes se apagam. Suspense. Ansiedade. Coração pulando no peito. De repente... THEM BONES, PORRA!!!! E emendou com Damn that River... e RAIN WHEN I DIE!!! EMBAIXO DE CHUVA!!!! Mega já tinha morrido... e AGAIN!!! AGAIN!! AGAIN!!! Caralho... Check my brain, pra dar uma respirada... IT AIN'T LIKE THAT!!! Voz, pra quê voz?? Your decision... acendi um cigarro... Got Me Wrong, WE DIE YOUNG!!!!!! Last of my kind... porra, o cd novo é do caralho... Down in a Hole. Se até ali eu só estava com os olhos cheios de lágrimas, foi quando elas finalmente começaram a descer. E já estava perfeito, mas é claro que eu ainda não sabia o quanto iria chorar, porque a próxima... foi nada menos do que... to Layne and Mike... NUTSHELL!
(pausa pra parar de chorar)
Só de lembrar... arrepia. E por mim minha vida poderia ter acabado ali, naquele momento. Acid Bubble, pra retomar o controle de mim mesma. Mas eu ainda tinha que fuder minha garganta muito mais. Pra isso... ANGRY CHAIR + MAN IN THE BOX!!! Pausa pro bis. Acho que meu coração parou junto. ROOSTER!!!! No excuses... "you my friend, I will defend... and if we change, well, I love you anyway"... e eu cantei essa música pra pessoa que estava do meu lado. Aliás, muito obrigada por estar ali. Significou mais pra mim do que você imagina... ahhhh, mas o show não poderia terminar sem porrada... e pra isso, nada melhor do que WOULD!!!! Baixo fdp... e eu me despedindo do melhor show da minha vida.
Faith no More, pra terminar o dia. Teria curtido mais o show, se ainda me restassem energias. Porque só me restavam o cansaço, a dor nas pernas, dor nas costas e uma alma destruídamente feliz. Mike Patton gritando pro câmera, huahuahuahua... só o Mike Patton nos faria rir naquele momento. Palhaçadas,e uma voz impecável. Faltou A Small Victory. Mas tudo bem, eu já estava satisfeita. Meu dia já tinha valido a pena. Minha vida já tinha recuperado a sua razão de ser.
Todos se arrastando até a saída... despedidas... cadê a Thaís??? Putz, que fome! Achei Thaís, Thiago e Joey na praça de alimentação. 2 pastéis e coca-cola. Van pra voltar pra casa. Pés latejando de dor, a ponto de não me deixar dormir. Casa da Thaís, finalmente. Banho quente, que delícia! Lama até os joelhos, roupa e tênis em estado irrecuperável. Três lanches e uma bela xícara de café. Cama, finally.
Obrigada à todos que tornaram meu dia perfeito. Nem chuva, nem lama, nem fome, nem frio e nem cansaço conseguiram arruinar minha felicidade. Aos amigos que estiveram comigo, em especial Thaís Caroline e Henrique Arthur, vocês tornaram o perfeito ainda melhor. Renan Vasconcelos, queria muito, MUITO, ter encontrado com você. Show do Alice era pra você estar comigo.
E ao Alice in Chains, é claro, o meu maior agradecimento. Por me proporcionar a sensação de ser a pessoa mais realizada do mundo, ao menos por alguns instantes. Por serem o melhor presente de aniversário que eu poderia ter ganho neste mês de novembro. Por traduzirem minha alma em suas canções. Por tirarem minha respiração, por homenagearem um dos artistas que mais admiro no mundo, e que infelizmente não está mais entre nós. RIP Layne and Mike, Alice in Chains forever.
Estou: Extremamente esgotada, de todas as formas possíveis.
Quero: Ficar nessa cama como se não houvesse amanhã.
Saudades de: De estar lá, em Paulínia...
Ouvindo: Alice in Chains - Nutshell (claro).
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Absentmindedly...
"And I love you
I have loved you all along
And I miss you
Been far away for far too long
I keep dreaming you'll be with me
And you'll never go
Stop breathing
If I don't see you anymore..."
Nickelback - Far Away
"It must be an open door for you to come back"
Pearl Jam - Come Back
"Remember at the prom that night
You and me, we had a fight
But the band played our favorite song
And I held you in my arms so strong
We kept so close, we danced so slow
And I swore I'd never let you go
Together, forever..."
Bon Jovi - Never Say Goodbye
"Eu queria ter uma bomba
Um flit paralisante qualquer
Pra poder me livrar do prático efeito
Das tuas frases feitas
Das tuas noites perfeitas
Perfeitas..."
Cazuza - Eu queria ter uma bomba
"Waiting, watching the clock
It's four o'clock
It's got to stop
'Till her take no more
She practices her speech
As he opens the door, she rolls over
Pretends to sleep, as he looks her over..."
Pearl Jam - Better Man
"The world is over, but I don't care
'Cause I am with you
Now I've got to explain
Things they have changed
In such a permanent way
Life is unreal
Can we go back to your place?
You drink too much
Makes me drink just the same
The first time it happened too fast
The second time I thought it would last
We all like it a little different"
The Strokes - Alone Together
"If you let yourself go and open your mind
I bet you'll be doing like me
And it ain't so bad
What's my drug of choice?
Whatever you got..."
Alice in Chains - Junkhead
"I'm sick and tired of being sick and tired."
Ozzy Osbourne - I just want you
"You never close your eyes anymore
When I kiss your lips
There's no tenderness
Like before in your fingertips
You're trying hard not to show it, baby
But baby, baby I noticed
You've lost that loving feeling
Ohh, that loving feeling..."
Righteous Brothers - You've lost that loving feeling
If you're going to leave me... do it. But please, let me know. Let me be prepared. Let me know why, and when. Let me measure how much I will suffer before I stop missing you, and wanting you back. Leave, don't fade away.
(porque às vezes as músicas dizem o que estamos pensando, e o que estamos sentindo, melhor do que nossas próprias palavras. Mas é claro que eu iria colocar algo de minha autoria no meio.)
Estou: Cansada, e letárgica.
Quero: o feriado, o mais rápido possível.
Saudades de: muita coisa...
Ouvindo: Elvis Presley - You've lost that loving feeling.
I have loved you all along
And I miss you
Been far away for far too long
I keep dreaming you'll be with me
And you'll never go
Stop breathing
If I don't see you anymore..."
Nickelback - Far Away
"It must be an open door for you to come back"
Pearl Jam - Come Back
"Remember at the prom that night
You and me, we had a fight
But the band played our favorite song
And I held you in my arms so strong
We kept so close, we danced so slow
And I swore I'd never let you go
Together, forever..."
Bon Jovi - Never Say Goodbye
"Eu queria ter uma bomba
Um flit paralisante qualquer
Pra poder me livrar do prático efeito
Das tuas frases feitas
Das tuas noites perfeitas
Perfeitas..."
Cazuza - Eu queria ter uma bomba
"Waiting, watching the clock
It's four o'clock
It's got to stop
'Till her take no more
She practices her speech
As he opens the door, she rolls over
Pretends to sleep, as he looks her over..."
Pearl Jam - Better Man
"The world is over, but I don't care
'Cause I am with you
Now I've got to explain
Things they have changed
In such a permanent way
Life is unreal
Can we go back to your place?
You drink too much
Makes me drink just the same
The first time it happened too fast
The second time I thought it would last
We all like it a little different"
The Strokes - Alone Together
"If you let yourself go and open your mind
I bet you'll be doing like me
And it ain't so bad
What's my drug of choice?
Whatever you got..."
Alice in Chains - Junkhead
"I'm sick and tired of being sick and tired."
Ozzy Osbourne - I just want you
"You never close your eyes anymore
When I kiss your lips
There's no tenderness
Like before in your fingertips
You're trying hard not to show it, baby
But baby, baby I noticed
You've lost that loving feeling
Ohh, that loving feeling..."
Righteous Brothers - You've lost that loving feeling
If you're going to leave me... do it. But please, let me know. Let me be prepared. Let me know why, and when. Let me measure how much I will suffer before I stop missing you, and wanting you back. Leave, don't fade away.
(porque às vezes as músicas dizem o que estamos pensando, e o que estamos sentindo, melhor do que nossas próprias palavras. Mas é claro que eu iria colocar algo de minha autoria no meio.)
Estou: Cansada, e letárgica.
Quero: o feriado, o mais rápido possível.
Saudades de: muita coisa...
Ouvindo: Elvis Presley - You've lost that loving feeling.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
De passagem...
Estou numa fase da vida em que simplesmente não sei o que acontece, e não estou afim de descobrir também.
Eu sei que estou cansada de estar sozinha.
Mas ao mesmo tempo, estou disposta a esperar por alguém que realmente valha a pena.
Eu já estou em pedaços, e acho que dessa vez preciso de ajuda pra reunir os cacos.
Mas não se engane: ainda que estilhaçada, sou mais forte do que muitos corpos inteiros que conheço.
É só uma questão de tempo. É só uma questão de parar de se importar tanto, e sentir tanta saudade.
Enquanto isso, Frank Sinatra no som, risadas superficiais nas conversas de sempre, bons dramas na tv e paciência.
"And now the end is near,And so I face the final curtain.My friend, I'll say it clear,I'll state my case, of which I'm certain.I've lived a life that's full,I travelled each and every highway.And more, much more than this,I did it my way.Regrets I've had a few,But then again too few to mention.I did what I had to do,And saw it through without exemption.I planned each chartered course,Each careful step along the by way.And more, much more than this,I did it my way.Yes,There were times,I'm sure you knew,When I bit off more than I could chew.But through it all, when there was doubt,I ate it up, and spit it out.I faced it all, and I stood tall,And did it my way.I've loved, I've laughed, and cried,I've had my fail, my share of losing.And now, as tears subside,I find it all so amusing.To think I did all that,And may I say, not in a shy way.Oh no, oh no, not meI did it my way.For what is a man, what has he got,If not himself, then he has notTo say the things he truly feels,And not the words of one who kneels.The record shows,I took the blowsAnd did it my way.Yes, it was my way."
Frank Sinatra - My Way
Estou: ContidaQuero: Um abraço, de alguém que eu estou com muita, muita saudade.Saudades de: madrugada na praia, embaixo de chuva.Ouvindo: Frank Sinatra - My Way
Eu sei que estou cansada de estar sozinha.
Mas ao mesmo tempo, estou disposta a esperar por alguém que realmente valha a pena.
Eu já estou em pedaços, e acho que dessa vez preciso de ajuda pra reunir os cacos.
Mas não se engane: ainda que estilhaçada, sou mais forte do que muitos corpos inteiros que conheço.
É só uma questão de tempo. É só uma questão de parar de se importar tanto, e sentir tanta saudade.
Enquanto isso, Frank Sinatra no som, risadas superficiais nas conversas de sempre, bons dramas na tv e paciência.
"And now the end is near,And so I face the final curtain.My friend, I'll say it clear,I'll state my case, of which I'm certain.I've lived a life that's full,I travelled each and every highway.And more, much more than this,I did it my way.Regrets I've had a few,But then again too few to mention.I did what I had to do,And saw it through without exemption.I planned each chartered course,Each careful step along the by way.And more, much more than this,I did it my way.Yes,There were times,I'm sure you knew,When I bit off more than I could chew.But through it all, when there was doubt,I ate it up, and spit it out.I faced it all, and I stood tall,And did it my way.I've loved, I've laughed, and cried,I've had my fail, my share of losing.And now, as tears subside,I find it all so amusing.To think I did all that,And may I say, not in a shy way.Oh no, oh no, not meI did it my way.For what is a man, what has he got,If not himself, then he has notTo say the things he truly feels,And not the words of one who kneels.The record shows,I took the blowsAnd did it my way.Yes, it was my way."
Frank Sinatra - My Way
Estou: ContidaQuero: Um abraço, de alguém que eu estou com muita, muita saudade.Saudades de: madrugada na praia, embaixo de chuva.Ouvindo: Frank Sinatra - My Way
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Dessa vez eu demorei...
Não no sentido de intervalo entre uma postagem e outra. Mas demorei pra vir escrever hoje.
Porque eu não quero admitir nem fodendo que eu tenho esperanças. Mas minha imaginação não tá colaborando comigo hoje.
E nem minha perspicácia. E nem Porcupine Tree.
E nem todas as conversas que eu tive ontem.
Nem as que eu tive hoje.
Nem as que eu tô tendo agora.
A única coisa que consigo pensar é no que poderia ter sido.
E no quanto alguns sonhos são simplesmente bom demais, a ponto de nos destruírem.
Estou: Triste pra caralho.
Quero: Que chegue logo o mês que vem
Saudades de: ...
Ouvindo: Porcupine Tree - Time Flies
"I could tell you what I'm thinking
While we sit here drinking
But I'm not sure it's time
You see there's something wrong here
I'm sorry if I'm not clear
Can you stop smoking your cigar?"
Porque eu não quero admitir nem fodendo que eu tenho esperanças. Mas minha imaginação não tá colaborando comigo hoje.
E nem minha perspicácia. E nem Porcupine Tree.
E nem todas as conversas que eu tive ontem.
Nem as que eu tive hoje.
Nem as que eu tô tendo agora.
A única coisa que consigo pensar é no que poderia ter sido.
E no quanto alguns sonhos são simplesmente bom demais, a ponto de nos destruírem.
Estou: Triste pra caralho.
Quero: Que chegue logo o mês que vem
Saudades de: ...
Ouvindo: Porcupine Tree - Time Flies
"I could tell you what I'm thinking
While we sit here drinking
But I'm not sure it's time
You see there's something wrong here
I'm sorry if I'm not clear
Can you stop smoking your cigar?"
domingo, 16 de outubro de 2011
Saudade
Você sabe que está realmente com saudade de alguém quando consegue sentir falta dela até quando está se divertindo com os amigos.
E é muito estranho sentir saudades tão diferentes.
Mas é uma merda sentir saudade quando você acha que não deve.
E essa é uma verdade que se aplica às duas saudades que estou sentindo.
Meu coração tá cansado, tá precisando respirar... mas tá difícil.
Odeio essa angústia.
Estou: bastante cansada
Quero: Eu queria estar em um lugar que eu não posso estar, ou dois lugares, então, não vem ao caso.
Saudades de: Não, dessa vez não vou dizer quem são. Já não basta o post.
Ouvindo: Alice in Chains - Damn the river
E é muito estranho sentir saudades tão diferentes.
Mas é uma merda sentir saudade quando você acha que não deve.
E essa é uma verdade que se aplica às duas saudades que estou sentindo.
Meu coração tá cansado, tá precisando respirar... mas tá difícil.
Odeio essa angústia.
Estou: bastante cansada
Quero: Eu queria estar em um lugar que eu não posso estar, ou dois lugares, então, não vem ao caso.
Saudades de: Não, dessa vez não vou dizer quem são. Já não basta o post.
Ouvindo: Alice in Chains - Damn the river
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Percebendo coisas...
Esses últimos tempos foram repletos de descobertas sobre mim mesma.
Não pretendo me estender sobre o assunto. De fato, ultimamente o silêncio tem me caído muito bem.
Só queria registrar que após todos esses anos, parece que finalmente aprendi a estar sozinha. Não estou constatando isso como um fato triste, ou feliz. Mas é simplesmente o que acontece. Acho que o ser humano tem a capacidade de se adaptar a praticamente qualquer situação, e meu estado emocional finalmente se acostumou a ser solitário. Hoje percebo minhas diferenças, vejo com mais nitidez minhas qualidades e meus defeitos, e consigo ver um caminho iluminado à minha frente.
É extremamente importante termos consciência de quais são as coisas que não podemos viver sem. Eu percebo todos os dias como a minha família me faz falta, e já sei que não quero passar o resto da minha vida tão longe. Percebo também que eu tenho uma boa quantidade de amigos verdadeiros, com quem eu posso contar, e que me fazem muito feliz. E sei também que faço a vida deles um pouco mais feliz com a minha presença.
E na verdade, acho que o grande segredo é esse. Não há como nos sentirmos sozinhos, quando nos damos conta de quanto amor há a nossa volta. E essa realização me fez enxergar que eu não preciso me desesperar, nem preciso entregar meu coração a qualquer um. Eu posso esperar. Eu sou uma pessoa que vale a pena. Tenho meus defeitos e pessoas que são capazes de me amar com eles. Não há pressa.
E é por isso que nem a solidão da minha casa me comprime. Nem passar 3 semanas neste quarto pode apagar essa luz dentro de mim. Estou em paz, verdadeiramente. E provavelmente pela primeira vez.
Estou: pensando em ir dormir, pra variar um pouco... rs
Quero: bons momentos, e boas pessoas.
Saudades de: faz tempo que não cito nomes, né? Henrique, Rodrigo, Renan, Daniel, Hal, Lizandra, Tainá, Carlos e todos aqueles que tornam minha vida mais feliz.
Ouvindo: Megadeth - Reckoning day (porque eu ouvi Megadeth o dia inteiro, e até chorei ouvindo... rs)
Não pretendo me estender sobre o assunto. De fato, ultimamente o silêncio tem me caído muito bem.
Só queria registrar que após todos esses anos, parece que finalmente aprendi a estar sozinha. Não estou constatando isso como um fato triste, ou feliz. Mas é simplesmente o que acontece. Acho que o ser humano tem a capacidade de se adaptar a praticamente qualquer situação, e meu estado emocional finalmente se acostumou a ser solitário. Hoje percebo minhas diferenças, vejo com mais nitidez minhas qualidades e meus defeitos, e consigo ver um caminho iluminado à minha frente.
É extremamente importante termos consciência de quais são as coisas que não podemos viver sem. Eu percebo todos os dias como a minha família me faz falta, e já sei que não quero passar o resto da minha vida tão longe. Percebo também que eu tenho uma boa quantidade de amigos verdadeiros, com quem eu posso contar, e que me fazem muito feliz. E sei também que faço a vida deles um pouco mais feliz com a minha presença.
E na verdade, acho que o grande segredo é esse. Não há como nos sentirmos sozinhos, quando nos damos conta de quanto amor há a nossa volta. E essa realização me fez enxergar que eu não preciso me desesperar, nem preciso entregar meu coração a qualquer um. Eu posso esperar. Eu sou uma pessoa que vale a pena. Tenho meus defeitos e pessoas que são capazes de me amar com eles. Não há pressa.
E é por isso que nem a solidão da minha casa me comprime. Nem passar 3 semanas neste quarto pode apagar essa luz dentro de mim. Estou em paz, verdadeiramente. E provavelmente pela primeira vez.
Estou: pensando em ir dormir, pra variar um pouco... rs
Quero: bons momentos, e boas pessoas.
Saudades de: faz tempo que não cito nomes, né? Henrique, Rodrigo, Renan, Daniel, Hal, Lizandra, Tainá, Carlos e todos aqueles que tornam minha vida mais feliz.
Ouvindo: Megadeth - Reckoning day (porque eu ouvi Megadeth o dia inteiro, e até chorei ouvindo... rs)
sábado, 24 de setembro de 2011
Lonely night
Tem dias em que venho escrever por estar com uma série de pensamentos acumulados... na verdade é o que normalmente acontece...
Outros, que venho desabafar... pedir ajuda, às vezes sutilmente, outras nem tanto.
Hoje eu vim aqui simplesmente porque precisava conversar, e não tenho ninguém pra fazer isso agora.
Tudo começou com um sonho, que tive hoje à tarde.
Sonhei com um desconhecido. Me lembrava muito o ator de Beleza Americana, não o Kevin Spacey, o outro menino... sonhei que tinha acabado de conhecê-lo, e que o tinha levado à minha casa. Morava com meus pais ainda. O sonho foi bem simples, eu o apresentava aos meus pais, ele pedia pra trocar de roupa... depois ficávamos na sala, ele dizia que estava com o videogame com ele, e depois me beijava. Assim, na sala da casa dos meus pais, sendo um desconhecido. Depois disso eu acordei.
Eu fiquei triste com o sonho. Fiquei triste pelo desejo que ele implica.
Estou vivendo atualmente uma época em que tenho mantido minhas emoções bem trancadas em uma gaveta. Esta é a única maneira que encontrei pra suportar tanta solidão. E é uma solidão em todos os sentidos.
O problema é que eu sofri, muito recentemente, uma decepção tão grande, mas tão grande, que ela não cabe em mim. Ela transborda na minha face, nas minhas atitudes. E o pior de tudo é saber que a causadora dessa decepção foi eu mesma.
Não me refiro ao meu ex-namorado. Namorar com ele foi um erro, por mais que eu gostasse dele. Foi um ato de puro egoísmo e carência, uma vez que eu sempre soube, no fundo, que não daria certo.
Eu devia ter desconfiado que era bom demais pra ser verdade. É impressionante como, mesmo ao longo de 10 anos de sofrimento, eu não aprendi quase nada. Às vezes me sinto como aquela mesma garota de 14 anos que se apaixonou pelo menino cabeludo com o violão na mão. Claro que não é mais a mesma pessoa, nem a mesma maneira de pensar, nem o mesmo jeito de lidar com a dor. Mas a esperança foi exatamente a mesma.
Desde que aceitei que não teria meu primeiro amor de volta na minha vida, nem como amigo, desde que entendi que determinadas situações e erros são simplesmente ruins demais para serem reparados, e desde que parei, sinceramente, de sentir falta daquela época, eu imaginei viver coisas diferentes, emoções diferentes. Tinha me conformado à idéia de não sentir novamente nada tão intenso quanto aquilo, e de verdade, isso me deixava aliviada. Eu não quero aquela dor pra mim nunca mais. Eu estava pronta pra amar de outra forma, de um jeito mais saudável e mais feliz.
De certa forma, eu consegui isso. Me tornei uma pessoa mais tranquila quanto a meus sentimentos. Consegui me tornar uma pessoa menos sufocante, mais natural. Mais sensata, de uma forma geral.
Mas eu não sei até que ponto as coisas se perderam pra mim. Sei que quando eu menos esperava, pronto: lá estava outra pessoa. Completamente de surpresa, me pegando completamente desprevenida. Claro que tive outros relacionamentos entre esses dois em particular, mas nada poderia ter me preparado pra sentir com tanta intensidade de novo.
E ao mesmo tempo que foi completamente diferente, foi completamente igual. E por incrível que pareça, as diferenças tornam tudo ainda mais doloroso. Antes ele tivesse sido indiferente, desde o começo.
Eu não queria escrever sobre isso. Não queria que ficasse registrado, de nenhuma forma, pois foi tão curto e efêmero... mas eu nunca soube esconder o que sinto. Não por muito tempo, pelo menos. E talvez seja por isso que estou tão triste hoje.
A minha decepção é por ter me entregado tão completamente, mesmo sabendo que não iria durar... me atirei do abismo sem pensar, com a certeza que mais cedo ou mais tarde me espatifaria no chão. Eu não deveria ter feito isso. Por melhor que tenha sido, por mais viva que eu tenha me sentido, eu me arrependo. Porque quem sobrou com a dor foi eu, e o que é pior, não consigo nem contar com ele mais pra me ajudar.
E não posso culpá-lo, uma vez que ele foi completamente sincero, desde sempre. Ele continua sendo tão bom pra mim quanto sempre, mas o incômodo é meu. Não vou estragar a felicidade dele dizendo o quanto sinto sua falta. Não é assim que amizades funcionam.
E nesse misto de amor/amizade, que sempre é extremamente confuso, eu também já nem sei exatamente o porquê de eu sentir falta. Eu já não sei precisamente se é do amor que sinto falta, ou se da amizade. Só sinto que algo se perdeu no meio do caos, a espontaneidade, talvez. Pelo menos a minha sim.
A amizade é um dos motivos pelo qual eu não queria escrever, também. Não sei nem se ele sabe que esse blog existe, mas eu não gostaria que ele lesse esse post. Não gostaria que ele se responsabilizasse por essa tristeza minha. Mas eu preciso dizer. Preciso tirar isso de dentro de mim.
Sei que no fim das contas, essa decepção me leva ao meu estado atual: praticamente letárgica. Sem vontade de fazer outra coisa além de dormir. E dando muito pouco crédito às pessoas.
Sim, eu precisava muito de alguém do meu lado. Pra afastar essa solidão, e me tirar dessa concha. Me fazer abrir pro mundo novamente. E daí o sonho. E daí a tristeza.
Estou: Me sentindo horrivelmente sozinha
Quero: Colo
Saudades de: Pessoal de Madureira/Campinho e etc...
Ouvindo: Pearl Jam - Yellow Ledbetter
Outros, que venho desabafar... pedir ajuda, às vezes sutilmente, outras nem tanto.
Hoje eu vim aqui simplesmente porque precisava conversar, e não tenho ninguém pra fazer isso agora.
Tudo começou com um sonho, que tive hoje à tarde.
Sonhei com um desconhecido. Me lembrava muito o ator de Beleza Americana, não o Kevin Spacey, o outro menino... sonhei que tinha acabado de conhecê-lo, e que o tinha levado à minha casa. Morava com meus pais ainda. O sonho foi bem simples, eu o apresentava aos meus pais, ele pedia pra trocar de roupa... depois ficávamos na sala, ele dizia que estava com o videogame com ele, e depois me beijava. Assim, na sala da casa dos meus pais, sendo um desconhecido. Depois disso eu acordei.
Eu fiquei triste com o sonho. Fiquei triste pelo desejo que ele implica.
Estou vivendo atualmente uma época em que tenho mantido minhas emoções bem trancadas em uma gaveta. Esta é a única maneira que encontrei pra suportar tanta solidão. E é uma solidão em todos os sentidos.
O problema é que eu sofri, muito recentemente, uma decepção tão grande, mas tão grande, que ela não cabe em mim. Ela transborda na minha face, nas minhas atitudes. E o pior de tudo é saber que a causadora dessa decepção foi eu mesma.
Não me refiro ao meu ex-namorado. Namorar com ele foi um erro, por mais que eu gostasse dele. Foi um ato de puro egoísmo e carência, uma vez que eu sempre soube, no fundo, que não daria certo.
Eu devia ter desconfiado que era bom demais pra ser verdade. É impressionante como, mesmo ao longo de 10 anos de sofrimento, eu não aprendi quase nada. Às vezes me sinto como aquela mesma garota de 14 anos que se apaixonou pelo menino cabeludo com o violão na mão. Claro que não é mais a mesma pessoa, nem a mesma maneira de pensar, nem o mesmo jeito de lidar com a dor. Mas a esperança foi exatamente a mesma.
Desde que aceitei que não teria meu primeiro amor de volta na minha vida, nem como amigo, desde que entendi que determinadas situações e erros são simplesmente ruins demais para serem reparados, e desde que parei, sinceramente, de sentir falta daquela época, eu imaginei viver coisas diferentes, emoções diferentes. Tinha me conformado à idéia de não sentir novamente nada tão intenso quanto aquilo, e de verdade, isso me deixava aliviada. Eu não quero aquela dor pra mim nunca mais. Eu estava pronta pra amar de outra forma, de um jeito mais saudável e mais feliz.
De certa forma, eu consegui isso. Me tornei uma pessoa mais tranquila quanto a meus sentimentos. Consegui me tornar uma pessoa menos sufocante, mais natural. Mais sensata, de uma forma geral.
Mas eu não sei até que ponto as coisas se perderam pra mim. Sei que quando eu menos esperava, pronto: lá estava outra pessoa. Completamente de surpresa, me pegando completamente desprevenida. Claro que tive outros relacionamentos entre esses dois em particular, mas nada poderia ter me preparado pra sentir com tanta intensidade de novo.
E ao mesmo tempo que foi completamente diferente, foi completamente igual. E por incrível que pareça, as diferenças tornam tudo ainda mais doloroso. Antes ele tivesse sido indiferente, desde o começo.
Eu não queria escrever sobre isso. Não queria que ficasse registrado, de nenhuma forma, pois foi tão curto e efêmero... mas eu nunca soube esconder o que sinto. Não por muito tempo, pelo menos. E talvez seja por isso que estou tão triste hoje.
A minha decepção é por ter me entregado tão completamente, mesmo sabendo que não iria durar... me atirei do abismo sem pensar, com a certeza que mais cedo ou mais tarde me espatifaria no chão. Eu não deveria ter feito isso. Por melhor que tenha sido, por mais viva que eu tenha me sentido, eu me arrependo. Porque quem sobrou com a dor foi eu, e o que é pior, não consigo nem contar com ele mais pra me ajudar.
E não posso culpá-lo, uma vez que ele foi completamente sincero, desde sempre. Ele continua sendo tão bom pra mim quanto sempre, mas o incômodo é meu. Não vou estragar a felicidade dele dizendo o quanto sinto sua falta. Não é assim que amizades funcionam.
E nesse misto de amor/amizade, que sempre é extremamente confuso, eu também já nem sei exatamente o porquê de eu sentir falta. Eu já não sei precisamente se é do amor que sinto falta, ou se da amizade. Só sinto que algo se perdeu no meio do caos, a espontaneidade, talvez. Pelo menos a minha sim.
A amizade é um dos motivos pelo qual eu não queria escrever, também. Não sei nem se ele sabe que esse blog existe, mas eu não gostaria que ele lesse esse post. Não gostaria que ele se responsabilizasse por essa tristeza minha. Mas eu preciso dizer. Preciso tirar isso de dentro de mim.
Sei que no fim das contas, essa decepção me leva ao meu estado atual: praticamente letárgica. Sem vontade de fazer outra coisa além de dormir. E dando muito pouco crédito às pessoas.
Sim, eu precisava muito de alguém do meu lado. Pra afastar essa solidão, e me tirar dessa concha. Me fazer abrir pro mundo novamente. E daí o sonho. E daí a tristeza.
Estou: Me sentindo horrivelmente sozinha
Quero: Colo
Saudades de: Pessoal de Madureira/Campinho e etc...
Ouvindo: Pearl Jam - Yellow Ledbetter
domingo, 11 de setembro de 2011
Escrever é um ato solitário.
É a mais pura verdade.
Assim como todas as coisas que escrevi por aqui, cheguei à esse pensamento devido a uma série de outros pensamentos sobre outros assuntos, então vou começar a explicar o porquê disso pelo começo.
Eu na verdade estava refletindo sobre o quanto tenho me sentido isolada do mundo, e automaticamente pensando nas razões disso e o que eu poderia fazer a respeito. O que acontece é que eu, de uma maneira geral, me vejo sendo uma pessoa muito diferente das outras. Ou pelo menos das pessoas que conheço. Eu não sei até que ponto isso é neurose minha, é complicado enxergar essa situação sob um ângulo neutro, se tratando de mim mesma. Talvez seja eu que não conheço as pessoas à fundo. Ou não conheci ainda as pessoas certas.
Entre essas diferenças, vejo por exemplo a facilidade que tenho em analisar qualquer situação sob um ponto de vista filosófico/racional, de modo que eu consiga compreender as coisas que acontecem comigo de uma maneira que me possibilite tirar conclusões lógicas e concretas sobre o assunto. A maioria das pessoas me conhece pela minha intensidade emocional, que acreditem, não é pequena. Mas numa espécie de paradoxo, eu sou extremamente racional também. Às vezes penso que se existe algo em mim que é perfeitamente equilibrado, é isso. Tenho a capacidade de morrer de amores num dia e decretar foda-se completo no dia seguinte. Extremista sim, sempre, mas são duas coisas em mim que se manifestam com a mesma intensidade e frequência.
Outra coisa que não vejo habitualmente nas pessoas mas que é algo bastante marcante em mim é minha versatilidade, ou talvez pluralidade de personalidade. Eu sou várias pessoas diferentes em uma só. Consigo gostar, verdadeiramente, de inúmeras coisas extremamente opostas. Lidar com praticamente qualquer tipo de pessoa, topar praticamente qualquer coisa. E não fazer isso apenas pra não ficar de fora de uma situação ou só pra parecer uma pessoa descolada. Faço coisas diferentes porque gosto, ando com pessoas diferentes umas das outras porque tem um pedaço de mim que se identifica com cada uma delas. Isso me torna uma pessoa extrovertida, antipática, sociável, anti-social, junkie, responsável, irresponsável, perigosa, amável, amiga, divertida, melancólica, vingativa, pessimista, otimista, forte, fraca, sarcástica, sincera... e mais uma porção de outras coisas, tudo ao mesmo tempo. Até acredito que as pessoas possam ter essa mesma versatilidade, mas eu não vejo isso manifestado de uma maneira clara. Ou pelo menos não tão clara quanto vejo em mim. Como eu disse no começo, o problema pode ser que eu não conheço as pessoas tão bem quanto acredito que conheça, mas se é o caso, não tenho como saber. Minhas análises são baseadas naquilo que vejo, somente. O resto são hipóteses e suposições.
Por último, pra enumerar as coisas em mim que julgo mais diferentes dos demais, está a minha facilidade de me expressar, principalmente em relação à sentimentos. Percebi que ao longo dos anos, além de eu conseguir expôr meus sentimentos de uma maneira muito mais clara, eu desenvolvi uma grande habilidade manipuladora. Talvez, se alguém de fato ler tudo isso que estou escrevendo (o que eu acredito que também não acontece com frequencia), essa pessoa pode pensar em qual é a vantagem que eu levo em admitir publicamente que sou capaz de manipular as pessoas. Eu respondo essa questão dizendo primeiro que no fundo, inconsciente ou conscientemente, todos somos manipuladores, alguns mais habilidosos, outros nem tanto. E segundo digo que considerando que essa é mais uma das minhas análises sobre mim mesma, eu estou aqui deixando registrado que, no meu caso, essa habilidade se tornou consciente recentemente. E não tenho medo que as pessoas se afastem de mim por causa disso. De verdade.
De qualquer forma, agora chegando à conclusão de todas essas reflexões de uma maneira unificada, eu chego à única alternativa que encontrei para expressar tantas diferenças, ou ser tão diferente, sem que eu tenha a sensação de que estou passando horas e horas tentando explicar o inexplicável: escrevo. Sempre que tenho uma opinião, sentimento ou sensação sobre determinados momentos ou fases da vida, e julgo que é um ponto de vista muito particular, baseado justamente nas coisas que eu considero que me tornam tão diferente das outras pessoas, eu escrevo, normalmente aqui. Deixo público, para que as pessoas tenham a oportunidade de ler, se sentirem verdadeiramente o interesse por isso. Mas sei que é um ato solitário. Sempre foi. E acredito que seja assim com todas as pessoas que escrevem sobre sentimentos, embora eu não conheça muitas delas, atualmente. Ou talvez seja com todas as pessoas que escrevem, de uma maneira geral. Parando pra pensar em todos os tipos de escritores, cronistas, romancistas, editores, amadores, ficcionistas, adultos, adolescentes, etc, o momento de escrever é particular, meditativo e, por excelência, solitário. Portanto, nada melhor do que um ato solitário para expressar a solidão.
Ou ao menos é o que eu acho.
Estou: na casa do meu irmão, em SP.
Quero: passar o dia inteiro sem fazer nada
Saudades de: minha casa, no RJ (ainda não ando com vontade de falar das saudades sentimentais)
Ouvindo: a TV..
Assim como todas as coisas que escrevi por aqui, cheguei à esse pensamento devido a uma série de outros pensamentos sobre outros assuntos, então vou começar a explicar o porquê disso pelo começo.
Eu na verdade estava refletindo sobre o quanto tenho me sentido isolada do mundo, e automaticamente pensando nas razões disso e o que eu poderia fazer a respeito. O que acontece é que eu, de uma maneira geral, me vejo sendo uma pessoa muito diferente das outras. Ou pelo menos das pessoas que conheço. Eu não sei até que ponto isso é neurose minha, é complicado enxergar essa situação sob um ângulo neutro, se tratando de mim mesma. Talvez seja eu que não conheço as pessoas à fundo. Ou não conheci ainda as pessoas certas.
Entre essas diferenças, vejo por exemplo a facilidade que tenho em analisar qualquer situação sob um ponto de vista filosófico/racional, de modo que eu consiga compreender as coisas que acontecem comigo de uma maneira que me possibilite tirar conclusões lógicas e concretas sobre o assunto. A maioria das pessoas me conhece pela minha intensidade emocional, que acreditem, não é pequena. Mas numa espécie de paradoxo, eu sou extremamente racional também. Às vezes penso que se existe algo em mim que é perfeitamente equilibrado, é isso. Tenho a capacidade de morrer de amores num dia e decretar foda-se completo no dia seguinte. Extremista sim, sempre, mas são duas coisas em mim que se manifestam com a mesma intensidade e frequência.
Outra coisa que não vejo habitualmente nas pessoas mas que é algo bastante marcante em mim é minha versatilidade, ou talvez pluralidade de personalidade. Eu sou várias pessoas diferentes em uma só. Consigo gostar, verdadeiramente, de inúmeras coisas extremamente opostas. Lidar com praticamente qualquer tipo de pessoa, topar praticamente qualquer coisa. E não fazer isso apenas pra não ficar de fora de uma situação ou só pra parecer uma pessoa descolada. Faço coisas diferentes porque gosto, ando com pessoas diferentes umas das outras porque tem um pedaço de mim que se identifica com cada uma delas. Isso me torna uma pessoa extrovertida, antipática, sociável, anti-social, junkie, responsável, irresponsável, perigosa, amável, amiga, divertida, melancólica, vingativa, pessimista, otimista, forte, fraca, sarcástica, sincera... e mais uma porção de outras coisas, tudo ao mesmo tempo. Até acredito que as pessoas possam ter essa mesma versatilidade, mas eu não vejo isso manifestado de uma maneira clara. Ou pelo menos não tão clara quanto vejo em mim. Como eu disse no começo, o problema pode ser que eu não conheço as pessoas tão bem quanto acredito que conheça, mas se é o caso, não tenho como saber. Minhas análises são baseadas naquilo que vejo, somente. O resto são hipóteses e suposições.
Por último, pra enumerar as coisas em mim que julgo mais diferentes dos demais, está a minha facilidade de me expressar, principalmente em relação à sentimentos. Percebi que ao longo dos anos, além de eu conseguir expôr meus sentimentos de uma maneira muito mais clara, eu desenvolvi uma grande habilidade manipuladora. Talvez, se alguém de fato ler tudo isso que estou escrevendo (o que eu acredito que também não acontece com frequencia), essa pessoa pode pensar em qual é a vantagem que eu levo em admitir publicamente que sou capaz de manipular as pessoas. Eu respondo essa questão dizendo primeiro que no fundo, inconsciente ou conscientemente, todos somos manipuladores, alguns mais habilidosos, outros nem tanto. E segundo digo que considerando que essa é mais uma das minhas análises sobre mim mesma, eu estou aqui deixando registrado que, no meu caso, essa habilidade se tornou consciente recentemente. E não tenho medo que as pessoas se afastem de mim por causa disso. De verdade.
De qualquer forma, agora chegando à conclusão de todas essas reflexões de uma maneira unificada, eu chego à única alternativa que encontrei para expressar tantas diferenças, ou ser tão diferente, sem que eu tenha a sensação de que estou passando horas e horas tentando explicar o inexplicável: escrevo. Sempre que tenho uma opinião, sentimento ou sensação sobre determinados momentos ou fases da vida, e julgo que é um ponto de vista muito particular, baseado justamente nas coisas que eu considero que me tornam tão diferente das outras pessoas, eu escrevo, normalmente aqui. Deixo público, para que as pessoas tenham a oportunidade de ler, se sentirem verdadeiramente o interesse por isso. Mas sei que é um ato solitário. Sempre foi. E acredito que seja assim com todas as pessoas que escrevem sobre sentimentos, embora eu não conheça muitas delas, atualmente. Ou talvez seja com todas as pessoas que escrevem, de uma maneira geral. Parando pra pensar em todos os tipos de escritores, cronistas, romancistas, editores, amadores, ficcionistas, adultos, adolescentes, etc, o momento de escrever é particular, meditativo e, por excelência, solitário. Portanto, nada melhor do que um ato solitário para expressar a solidão.
Ou ao menos é o que eu acho.
Estou: na casa do meu irmão, em SP.
Quero: passar o dia inteiro sem fazer nada
Saudades de: minha casa, no RJ (ainda não ando com vontade de falar das saudades sentimentais)
Ouvindo: a TV..
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Nova Europa
Às vezes a gente tem medo de ficar sozinho. Medo de se desconectar, de dar um tempo, de tirar um tempo pra si mesmo. É difícil acontecer comigo, mas de vez em quando também sinto isso. Medo que eu deixe de ser importante pras pessoas se eu me tornar ausente da vida delas, mesmo que por um curto período de tempo. Mas eu reuni minhas poucas forças que restavam e tomei coragem pra fazer isso. Vim pro interior, passar alguns dias das minhas merecidas férias longe do mundo. E, é claro, o resultado disso está sendo muito melhor do que eu previa.
Precisei de alguns dias para esvaziar minha mente o suficiente, até conseguir analisar minha vida por outro ângulo. A princípio ainda pensava muito nas pessoas, ficava o tempo todo checando facebook e MSN pra ver o que tinha acontecido, o que eu estava perdendo. Ver principalmente se alguém tinha lembrado de mim, se alguém estava sentindo minha falta. É engraçado como temos essas tolices. Quando nossa vida não vai bem, o medo de perder as pessoas que nos mantém seguindo em frente triplica. Nos esquecemos do valor que temos.
Pouco a pouco fui me desligando. Me envolvendo mais com a família e as atividades daqui. E a mente foi esvaziando, ao mesmo tempo em que comecei a compreender várias coisas.
Primeiro percebi o quanto me tornei uma pessoa amargurada. Foram tantas as situações, sofrimentos, dores e decepções, que cheguei ao ponto de não acreditar em mais nada, nem esperar nada. Já tinha falado sobre isso antes aqui, mas eu não tinha percebido ainda o quanto eu estava afastando pessoas que realmente gostam de mim por conta disso. Meu pessimismo, minha frieza e minha melancolia tornaram minha vida sombria e solitária. E sei que isso não vai mudar, mas percebi que preciso encarar a vida com mais leveza. Me tranquilizar um pouco mais e deixar que as coisas sigam seu curso. Parar um pouco de sofrer por antecipação ou deixar que minha imaginação distorça a realidade até deixá-la irreconhecível ou insuportável. Resumindo, eu preciso de novas forças, novas energias, e é o tipo de coisa que eu só poderei encontrar em mim mesma.
Outra coisa que percebi é que preciso criar coragem pra fazer de fato o que eu quero. Deixar de lado um pouco essa sensação de que não sou boa o suficiente pra isso. Me preocupar um pouco menos, arriscar mais. Ir atrás dos meus objetivos e dos meus sonhos. Outra coisa que também preciso de novas forças para ir atrás.
E é por isso que recarregar as baterias aqui, longe dos meus problemas e dos problemas dos outros, foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado nos últimos tempos. Ainda tenho mais alguns dias de merecida paz, depois quero outros de merecida diversão em SP e, em seguida, mãos à obra. Hora de mudar minha vida. Finalmente.
Estou: Curtindo um pouco de paz.
Quero: Colocar em prática tudo o que estou planejando.
Saudades de: Saudades é um assunto que me incomoda um pouco atualmente... prefiro focar em outras coisas, preciso, na verdade.
Ouvindo: Alice in Chains - Junkhead
Precisei de alguns dias para esvaziar minha mente o suficiente, até conseguir analisar minha vida por outro ângulo. A princípio ainda pensava muito nas pessoas, ficava o tempo todo checando facebook e MSN pra ver o que tinha acontecido, o que eu estava perdendo. Ver principalmente se alguém tinha lembrado de mim, se alguém estava sentindo minha falta. É engraçado como temos essas tolices. Quando nossa vida não vai bem, o medo de perder as pessoas que nos mantém seguindo em frente triplica. Nos esquecemos do valor que temos.
Pouco a pouco fui me desligando. Me envolvendo mais com a família e as atividades daqui. E a mente foi esvaziando, ao mesmo tempo em que comecei a compreender várias coisas.
Primeiro percebi o quanto me tornei uma pessoa amargurada. Foram tantas as situações, sofrimentos, dores e decepções, que cheguei ao ponto de não acreditar em mais nada, nem esperar nada. Já tinha falado sobre isso antes aqui, mas eu não tinha percebido ainda o quanto eu estava afastando pessoas que realmente gostam de mim por conta disso. Meu pessimismo, minha frieza e minha melancolia tornaram minha vida sombria e solitária. E sei que isso não vai mudar, mas percebi que preciso encarar a vida com mais leveza. Me tranquilizar um pouco mais e deixar que as coisas sigam seu curso. Parar um pouco de sofrer por antecipação ou deixar que minha imaginação distorça a realidade até deixá-la irreconhecível ou insuportável. Resumindo, eu preciso de novas forças, novas energias, e é o tipo de coisa que eu só poderei encontrar em mim mesma.
Outra coisa que percebi é que preciso criar coragem pra fazer de fato o que eu quero. Deixar de lado um pouco essa sensação de que não sou boa o suficiente pra isso. Me preocupar um pouco menos, arriscar mais. Ir atrás dos meus objetivos e dos meus sonhos. Outra coisa que também preciso de novas forças para ir atrás.
E é por isso que recarregar as baterias aqui, longe dos meus problemas e dos problemas dos outros, foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado nos últimos tempos. Ainda tenho mais alguns dias de merecida paz, depois quero outros de merecida diversão em SP e, em seguida, mãos à obra. Hora de mudar minha vida. Finalmente.
(post escrito originalmente em 03-09-2011)
Quero: Colocar em prática tudo o que estou planejando.
Saudades de: Saudades é um assunto que me incomoda um pouco atualmente... prefiro focar em outras coisas, preciso, na verdade.
Ouvindo: Alice in Chains - Junkhead
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Quando não há mais o que dizer...
Eu cheguei nesse ponto. Não é vontade de ficar sozinha, não é vontade de mandar ninguém à merda, não é vontade de ficar quieta. Eu simplesmente não tenho mais o que dizer.
Todo mundo já sabe o que acontece, ou pelo menos já sabe tudo aquilo que eu quero que saiba. Já sabem do meu estresse, já sabem as causas, já sabem o que eu quero e preciso fazer pra que isso melhore. Eu já tenho a resposta prática e a solução pros meus problemas.
E então por que eu continuo tão triste?
Eu também sei a resposta: por tudo aquilo que eu não quero que as pessoas saibam.
Eu estava pensando no quanto tenho uma necessidade constante de conhecer pessoas novas, de estar em situações novas... e também sei o motivo. Quando fico em situações como essa, em que já não tenho mais o que dizer, nem o que explicar, sem me abrir mais do que eu gostaria, eu tendo a fugir... fugir pra pessoas que não me conheçam, que não façam perguntas, e aí eu não preciso mentir.
E é por isso que eu tenho pensado atualmente, com bastante frequencia, em uma pessoa que não deveria estar nos meus pensamentos, por nenhuma razão óbvia. É uma pessoa que gosto, uma pessoa que quero bem, que me faz bem, mas que não faz parte da minha vida de nenhuma maneira intensa. É só uma pessoa legal, uma pessoa boa. Uma pessoa que julgo merecedora dos meus pensamentos. E que sabe bem pouco sobre mim.
Uma vez li num livro que o pressuposto para uma terapia dar certo é que o paciente seja completamente sincero. Uma vez que eu nunca falo tudo o que realmente acontece, é meio improvável que qualquer conversa, com qualquer pessoa, me renda reais resultados. No fim das contas eu sempre acabo procurando soluções por conta própria, e nem sempre essas soluções são as melhores. Mas são sempre baseadas naquilo que eu posso suportar.
E por incrível que pareça, eu sou capaz de suportar bastante coisa. Mas por outro lado... existem algumas situações pelas quais eu não pretendo passar nunca mais na minha vida, e isso me faz tomar algumas decisões que talvez sejam até precipitadas... mas não dá. Quando a gente reconhece os momentos da nossa vida que nos trouxeram os maiores sofrimentos, a gente não quer reprises, em hipótese alguma. É praticamente uma síndrome do pânico.
Enfim... é isso. Falando tudo sem falar nada, como sempre.
Estou: Como disse ao Danilo hoje, cansada, estressada, doente e deprimida.
Quero: Que 13 dias passem voando até minhas férias.
Saudades de: Meus pais... de não ter com o que me preocupar... e de outro R.
Ouvindo: Led Zeppelin - Dazed and Confused.
terça-feira, 19 de julho de 2011
Balanço geral 1
Eu acho que parte de nossa busca pela felicidade se trata de entender a pessoa que nós somos e a vida que realmente nos fará sentir como pessoas realizadas.
E é importante que a gente possa compreender que essa vida não necessariamente é uma vida onde tudo dá certo o tempo todo.
Eu troquei o que poderia ter sido o resto da minha vida da mais plena paz, por algo que provavelmente só me deixará feliz por alguns meses. Fiz isso conscientemente, mesmo que a vida tenha dado um empurrãozinho involuntário. E não me arrependo, e sei o motivo. Nesses últimos meses, me senti mais viva do que nunca. Até mesmo a dor me faz lembrar da intensidade de tudo o que estou vivendo. Não há felicidade sem dor, só há inércia. É a dor que nos faz valorizar cada precioso segundo dos nossos bons momentos, é a dor que nos traz o êxtase, o auge.
Eu não conseguiria viver uma vida confortável por muito tempo. Eu não sou estável, não poderia esperar que minha vida o fosse. Não conheço meio-termo, não sei amar pela metade, sentir pela metade, sofrer pela metade. Ou são nuvens ou é o fundo do poço, sempre. Nos intervalos de calmaria, quando flutuo na superfície, é quando não sei quem eu sou, nem o que estou fazendo, nem o que quero, e me incomoda profundamente.
Escrever sobre essas coisas me traz uma certa melancolia. Primeiro por saber que no fundo, ninguém poderá algum dia compreender exatamente a essência do meu raciocínio. Segundo porque existem pessoas que eu realmente gostaria que entendessem. Não por mim, por elas. Quando escrevi esse texto no meu caderno, originalmente, me referi a uma pessoa só, mas acho que não convém fazer o mesmo aqui. Não convém porque eu sou só uma espectadora. Ou não, mas acredito que sim.
Enfim... independente da dor que isso possa me trazer, é de novo uma questão de escolha. E ao meu ver, vale a pena passar por isso, em troca de todo o bem estar que sinto em alguns momentos. Mesmo porque, sei que estou sendo completamente sincera comigo mesma, e com todo mundo. É essa sensação que é verdadeiramente insubstituível.
Tenho a sorte de ser uma pessoa que analisa tudo. Não posso negar que às vezes considero isso um defeito, na verdade eu odeio ser assim sempre que minha cabeça fica tão cheia de pensamentos que sinto que vou explodir, como no surto que tive semana passada. Mas de fato, se eu não tivesse essa capacidade de parar pra pensar sobre cada coisa que me acontece e entender os motivos por trás de tudo, eu provavelmente não seria uma pessoa tão bem resolvida comigo mesma, como hoje. Sou ciente dos meus defeitos, minhas crises e minhas loucuras, mas posso me considerar uma pessoa que se orgulha de ser quem é.
Eu só gostaria, de verdade, que essa minha auto-consciência fosse capaz de ajudar as pessoas, no sentido que elas pudessem aprender com meus erros e não se fuder tanto. Mas, é claro, não é uma questão de simplesmente ensinar. A maioria das pessoas prefere descobrir as coisas por si próprio, pra tirar as próprias conclusões, e eu mesma sou assim, logo, não posso julgar. Só assistir. E torcer para que os danos não sejam tão permanentes quanto os meus.
Estou: "Flutuando", se é que me entendem.
Quero: Saber o que eu quero.
Saudades de: Acho que não tenho sentido muitas saudades de nada ultimamente.
Ouvindo: The Strokes - Ize of the world.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
No limite.
Eu preciso de ajuda.
É sério.
Eu preciso parar de pensar.
Eu preciso parar de pensar em tanta coisa.
Alguém me ajuda, por favor.
Eu não aguento mais.
Pelo amor de Deus, pelo amor de tudo o que é mais sagrado... eu preciso parar de pensar.
Aceito qualquer coisa. QUALQUER COISA.
Estou: Enlouquecendo, literalmente.
Quero: Dormir por uns 3 dias seguidos, só pra ficar inconsciente.
Saudades de: Vai se fuder... se eu pensar nisso também, puta que pariu...
Ouvindo: Pink Floyd - Don't leave me now
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Falando com as paredes.
Às vezes acho que este ano de 2011 não passa de um fruto da minha imaginação.
Porque desde o começo do ano... e eu falo literalmente, desde o ano-novo... minha vida foi uma sequência de situações improváveis ou acidentais... e quanto mais eu paro pra pensar, mais eu me dou conta do quanto tudo isso é bizarro...
E o motivo que me fez vir escrever é, obviamente, aquilo que mais me incomoda: a razão pelo qual meu namorado terminou comigo.
Me incomoda, me tortura, me tira o sono, porque ele tem razão.
Porque com uma atitude, eu contrariei absolutamente tudo o que eu tinha dito pra ele até então.
Porque eu me considerei a mulher mais cretina e egoísta do mundo, por ter tido a capacidade de fazer isso com uma pessoa que eu sempre soube que era extremamente boa e pura, em essência. Por ter arruinado essa pureza.
Me dói o fato de tudo o que eu senti por ele ter sido verdadeiro, e eu ter atirado isso pela janela. E como tudo o que aconteceu de bizarro na minha vida esse ano, ainda assim eu não estou triste. Não tem como eu estar. Estão batalhando muito intensamente aqui do meu lado pra que eu não fique triste, e sinceramente, eu também não tenho mais energias pra ficar assim. Nos dois primeiros dias sem o Renan, emagreci dois quilos. Não dormia, não comia, só fumava. No terceiro dia, eu estava exausta. Pedi ajuda. E melhorei.
Mas eu estava pensando hoje, na capacidade que temos de lidar com as consequências dos nossos atos. Eu nunca fui uma pessoa de negar culpa, pelo contrário, normalmente tendo a querer carregar a culpa do mundo nas costas. Mas existem coisas que eu demoro a entender. Isso que eu fiz, eu com certeza não assimilarei tão facilmente, nem tão cedo. Fui completamente contra minha natureza e contra todos os meus princípios, e o que mais me assusta é o fato de eu não me arrepender. Escrevo isso aqui, de forma aberta, sabendo que o Renan pode ler... porque eu sei que atualmente ele não tem motivo nenhum pra acreditar em absolutamente nada do que eu digo, mas ainda assim estou dizendo a verdade. Estive dizendo a verdade o tempo todo. Apenas omiti fatos, como sempre.
Eu poderia colocar todas essas coisas num e-mail, diretamente pra ele... mas não quero invadir novamente o mundo dele. Eu não sou a pessoa certa pra ele, eu nunca fui, e na verdade sempre soube disso. Mas eu quis ser, eu quis muito ser. Acho que até agora, de todas as pessoas que conheci, ele foi o cara mais digno de ter o meu amor. Não digo que ele era perfeito, e sim que eu nunca quis que ele fosse. Eu o amei, de uma forma que me trouxe a paz mais verdadeira que eu senti em minha vida. Mas talvez haja mesmo alguma coisa de muito errada comigo, porque essa paz não me fez sentir uma pessoa completa. Fui feliz, fui extremamente feliz, mas não com a intensidade que me é inerente. Eu sabia que faltava algo. E acidentalmente, como todo o resto, encontrei o que faltava.
E assim tudo foi pelos ares. Eu voltei ao meu caminho tortuoso de sempre, mas já sabendo onde estão as frestas de luz que devo buscar. Sinto uma falta imensa de tê-lo em minha vida, mas de certa forma eu sei que não era pra ser. Sei que mais cedo ou mais tarde ele encontrará a felicidade verdadeira, seja com outra pessoa, seja na satisfação que tirar de suas próprias realizações. Sei que esse sofrimento, essa dor que eu estou sentindo, é merecida, e sei que aprenderei com ela. E sei que o que eu mais gostaria, nesse momento, não é que ele me perdoasse, mas sim que entendesse. De novo, por egoísmo meu, por alguma esperança que isso faça diminuir a culpa que sinto por tê-lo magoado dessa forma. Gostaria de vê-lo bem, de sentir que, independente do mal que eu possa ter causado, nada é irreparável, muito menos nosso coração. E vou querê-lo bem, sempre, independente do que pode acontecer ou se essa será a última vez em que irei escrever sobre isso.
(E depois de todas as vezes em que chorei pensando nisso, pensei que escrever esse post seria mais difícil.)
Estou: Cansada, estressada, calma, tudo ao mesmo tempo.
Quero: Ultimamente prefiro não falar dos meus desejos...
Saudades de: Hummmmm... deixa quieto... =P
Ouvindo: John Lennon - Julia
segunda-feira, 20 de junho de 2011
A jaula
Lembram da jaula de acrílico?
Lembram da britadeira?
Então...
Não digo a britadeira...
Mas tenho a sensação de que alguém está vindo devagarzinho para desparafusar todas as paredes da jaula. Uma a uma.
E sabem que eu estou achando isso tão bonito que nem quero tentar impedir?
Estou: Serena...
Quero: Que chegue logo o feriado, puta que pariu...
Saudades de: Ainda dos meus pais, mais do que tudo
Ouvindo: The Strokes - Electricityscape
terça-feira, 14 de junho de 2011
Mais do que cacos...
Tive um dia dos namorados complexo.
E estou ensaiando pra escrever esse texto desde então. Porque eu não sabia nem por onde começar. Mas agora, que já consegui esclarecer algumas coisas, é mais fácil.
Percebi mais uma vez, esses dias, o quanto a maioria das pessoas sabe muito pouco de mim. As pessoas sabem quem eu sou hoje, mas não sabem quem eu fui, não sabem como meu raciocínio funciona e nem todas as coisas que já senti, pensei e decidi pra ser desse jeito. Me compreendem, mas só em parte.
Analisando minha vida até aqui, já que analisar é o que faço de melhor, e explicando de uma maneira simplificada, posso dizer o seguinte: tive uma vida confortável, se pensarmos em estrutura. Meus pais me proporcionaram um ambiente familiar excelente, pelo qual sou eternamente grata, em vista de todas as coisas que já vi por aí. Não tive grandes dificuldades, não tive que começar a trabalhar adolescente, pude viver minha irresponsabilidade até o limite. Não tenho o que reclamar. Sempre tive amigos também. Tá, na escola foi mais complicado por um tempo, mas sempre tive meus poucos e bons amigos (inclusive a maioria dos que realmente importavam são amigos até hoje).
Ou seja, eu tive tudo na mão pra crescer como uma pessoa completamente feliz. Exceto que eu não fui.
Eu surtei muito cedo, por achar que não era boa o suficiente. Achar que não merecia tudo aquilo. Me achava uma pessoa infantil, com crises estúpidas (e minhas crises eram estúpidas mesmo!), e que o mundo seria um lugar melhor sem mim. E eu achava isso de verdade, não era uma tentativa de chamar a atenção. De certa forma isso ficou tão intrínseco na minha personalidade que disso veio meu constante hábito de achar que estou incomodando as pessoas, meu costume de tentar passar o mais despercebida possível, em qualquer situação. Ou, se for pra me notarem, que seja de uma maneira que ninguém possa me alcançar ou que não interfira na vida de ninguém (como nas vezes em que me visto feito uma louca e saio andando sozinha por aí...).
E nesses surtos, foram meus poucos e bons amigos que me trouxeram à realidade (junto com meus 3 anos de terapia)... e eventualmente eu confundi as coisas, com um deles.
Primeiro amor é uma coisa bizarríssima. A gente pula de cabeça do precipício achando que o chão não vai chegar nunca. E de certa forma eu sei que foi o amor mais puro que eu já senti na minha vida, o mais próximo que eu poderia chegar de um amor incondicional (não tenho filhos, se algum dia tiver, aí sim amarei alguém incondicionalmente)...
10 anos se passaram, sem que esse sentimento morresse. E nesse período... entre todas as decepções que um amor não-correspondido pode trazer, eu não fiquei somente em cacos. Eu fui reduzida ao pó... completamente além de qualquer possibilidade de reparo.
Só que quando nosso emocional é destruído dessa forma, nem por isso o corpo deixa de viver... e eu precisei me reconstruir, de alguma maneira. E eu precisei procurar outra matéria pra isso. E foi aí que eu me tornei uma pessoa completamente diferente.
Não deixei de sentir. Não deixei de amar. Nem de me importar. Mas vamos dizer que, numa analogia pobre mas verdadeira, se antes eu era feita de cristal, hoje sou feita de acrílico. Ou seja... eu ainda quebro, mas é mais difícil... sofro uns arranhões só, na maioria das vezes.
E daí eu chego á todas as coisas que estou vivendo atualmente, entendendo tudo com mais clareza. Até tudo isso acontecer, eu não tinha noção dessa resistência "recém-adquirida". Às vezes acho que estou me envolvendo com as pessoas através da proteção de uma jaula transparente (de acrílico mesmo, derrepente), onde todo mundo pode me ver, saber das minhas reações, olhar nos meus olhos... sem nunca me alcançar de fato. Claro que algumas pessoas tem a chave da jaula, e entram e saem quando bem querem... quer dizer, só duas pessoas, na verdade. O resto está a mercê daquilo que eu decido tornar vulnerável ou não, e esse "controle" de mim mesma também é algo novo pra mim.
E sinceramente? Ainda bem que hoje as coisas são assim. Porque se não fossem... minha vida nesse momento estaria muito mais complicada. Só vamos ver se não vai vir ninguém com uma britadeira pra colocar a jaula abaixo.... rs...
Estou: Feliz com minhas escolhas
Quero: Falar com o Renan logo...
Saudades de: meus pais, mais do que tudo nesse momento.
Ouvindo: Barão Vermelho - Pedra, flor e espinho.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Criatividade
Eu acho engraçado como depois de alguns períodos bizarros na minha vida, sempre acabo me lembrando da felicidade através dos meus processos criativos.
Passei por uma época caótica, vamos dizer assim. Eu não funciono pra absolutamente nada quando meu emocional está confuso, é impressionante.
Eu sabia que precisava voltar a estudar, precisava sair da rotina trabalho/casa/trabalho/casa/tédio nos fins de semana... meus bons momentos estavam se resumindo a estar com o Renan ou ir pra São Paulo ver minha família e amigos, e claro que isso estava me deprimindo...
Tinham outros problemas também, todos ligados ao fato de que eu perdi completamente minhas energias pra lidar com situações de stress. Resultado: fujo de todas elas. Busco a alternativa mais fácil. É engraçado, eu demorei pra me dar conta disso... a Hal teve um papel muito importante nessa descoberta, aliás... pra variar... rs... mas eu realmente não tinha idéia do quanto eu estou esgotada psicologicamente, ainda. Sem conseguir lidar com pressão, com escolhas difíceis, com nada. Atualmente estou querendo só paz na minha vida.
E é mais engraçado ainda que fugindo de uma situação difícil eu estava indo pra outra que talvez fosse ainda mais complicada, olha só... burrice é algo que não tem tamanho, né?
Enfim... caos à parte e passado... voltando a estudar eu voltei a descobrir o tamanho do prazer que sinto em criar... o quanto minha mente é capaz de fervilhar de idéias até mesmo com as propostas mais absurdas... e isso deve significar alguma coisa, não é possível. Eu preciso usar isso de alguma forma. No meu trabalho, por puro comodismo, às vezes me esqueço do quanto essa criatividade flui naturalmente em mim. Porra, até escrevi um poema hoje, e gostei, por incrível que pareça.
Voltei pra casa hoje com essa sensação feliz de quem acabou de fazer o que mais gosta. E de descobrir que, de alguma forma, sou boa no que faço.
Estou: Feliz e em paz...
Quero: Que o dia passe voando amanhã
Saudades de: Renan, Renan, Renan!! Rs...
Ouvindo: The Strokes - Trying your luck
sexta-feira, 13 de maio de 2011
É estranho...
É estranho continuar se sentindo triste ouvindo as mesmas músicas que me deixavam triste no passado, mas não me sentir triste pelos mesmos motivos.
Tanta coisa mudou, e ainda, tanta coisa continua exatamente do mesmo jeito.
Fazia muito tempo que eu não entrava em crise, e está sendo bem diferente...
Diferente porque às vezes me sinto assistindo à mim mesma em crise, do lado de fora...
Peguei um hábito tão grande de analisar tudo, que analiso até os meus sentimentos.
Eu não sei se eu estou com vontade de escrever.
Só sei que não queria estar sozinha. Eu sei exatamente com quem eu queria estar.
Estou: Um pouco deprimida.
Quero: Reencontrar meus amigos.
Saudades de: Várias pessoas.
Ouvindo: Pink Floyd - The Wall (os dois cds inteiros)
domingo, 8 de maio de 2011
Ok, I need to compose myself.
If you're wondering why this post is in english, I'll tell you there's no particular reason for me to do it. It's just that sometimes I start thinking about things in english, and then I prefer to write exactly what I'm thinking. And I'm practicing, after all, so I don't see any problem.
Back to the subject... yes, I really need to compose myself. It's not like I could resolve my situation tomorrow, or in a month. It will take much more time than that, and I'm not that kind of woman who keeps complaining all the time.
But sometimes it's harder. Today was a hard day. Happy, in so many ways, but every time that I know that all the happiness is about to be replaced by a constant missing, until I can be with him again, it gets hard, almost unbearable.
And I was sad before all this, I must say. It's just that it's been a while I haven't felt sad. I guess it's more difficult to admit it now.
I've been feeling very stressed, and very tired. I wouldn't complain about the fact that I have to do all by myself, in fact, I don't see any problem in taking care of myself and my stuff, my house. But I wasn't expecting not having any company not even to have fun. I never thought it would be so difficult to be with my friends. Ok, I'm having fun, with all the new people I met here, but hey... sometimes we need to be with people who really know us. People we can really trust, with anything. And it's proving to be very hard to get around here.
I know, I know, the more the time passes, less time we have to ourselves. And it happens with everyone, and it's probably the reason it's being so hard to see my friends. But I still believe it shouldn't be THIS hard.
Anyway...
It's just thoughts, as always. Let's get some sleep, after all, there's a whole day waiting for me tomorrow, and life never stops to wait for us.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Dor de amor.
Existem amores que são doloridos. Amores doentios, daquele tipo que não gera bem algum, só mágoa e sofrimento. São amores insuportáveis de viver, e até mesmo de presenciar.
Acho que nada é capaz de ferir tanto o ser humano quanto o amor, em suas diversas manifestações. Não há dor física, não há doença que se compare ao que sentimos com a mágoa do amor, ou a perda. E isso sem mencionar casos extremos, como a mãe que perde um filho, por exemplo. Não há tempo que cure esta ferida, a cicatriz sempre ficará aberta. Mas não estou falando desse tipo de amor, incondicional, estou falando de amores mais simples (?). Amores que escolhemos sentir. Pessoas que escolhemos deixar entrar em nossas vidas.
Muitos podem discordar de mim na questão da escolha, mas o fato é que ela existe. Todas as pessoas que fazem parte da nossa vida, ali estão por algum motivo. Em algum momento, ainda que inconscientemente, tomamos a decisão de confiar ou não em alguém, de gostar de uma pessoa de um jeito ou de outro, e essa decisão é baseada nos valores pessoais de cada um.
É importante entendermos essas esoclhas, porque várias vezes nos perguntamos qual é o motivo de gostarmos tanto de alguém que nos faz tão mal. E como eu disse, dor de amor é uma coisa única, completamente devastadora. É capaz de nos deixar tão desnorteados a ponto de nos esquecermos até de nossa essência. E é quando isso acontece que nos esquecemos até do motivo do amor, só nos lembramos da mágoa. Isso se torna um vício tão grande, que cada vez mais nos afundamos em nossa própria dor, incapazes de ver outra saída.
Mas aí alguém pode perguntar: qual a vantagem de lembrar o que alguém nos fez de bom, se aquilo só nos vai trazer mais saudades e, consequentemente, mais dor?
Eu digo que não é um raciocínio simples de se entender. Mas a verdade é a seguinte: antes de esquecer um amor, é necessário compreendê-lo dentro de si mesmo. Não, não é algo fácil de fazer. Na maioria das vezes já chegamos num ponto onde nosso amor já se tornou completamente platônico, e nós nem percebemos. Prosseguimos amando a idéia que temos daquela pessoa. Na verdade, se estamos já há muito tempo vivendo um processo de rejeição por parte da mesma, somos capazes de passar um imenso tempo nos culpando e nos denegrindo, em prol da manutenção da boa imagem de santo da pessoa amada em nossa cabeça, sendo que acabamos ficando completamente cegos aos fatos. Não somos capazes de ver que aquela pessoa que tanto nos encantou e conquistou no passado provavelmente não existe mais. Não existe, porque já deve ter passado por tantas coisas, tantas experiências e tantas mudanças, que se pudéssemos ter uma conversa franca com ela, perceberíamos que ela se tornou uma completa estranha para nós.
Ahhh, mas é claro que isso não é facilmente assimilado por nós... é um longo caminho até que possamos enxergar novamente a realidade pura dos fatos. Um caminho longo e penoso, aliás, mesmo que às vezes a realidade esteja bem debaixo do nosso nariz. Mas eventualmente acaba acontecendo, geralmente no momento em que já sofremos tanto, mas tanto, que nosso cérebro já não é capaz de processar mais dor. Ficamos entorpecidos. Como se não pudéssemos sentir mais absolutamente nada, por ninguém.
E é somente quando nosso lado emocional chega ao limite da exaustão que o lado racional entra em cena, analisando e apreendendo os fatos. Normalmente, quando isso acontece, nossa primeira reação é sentirmos raiva de nós mesmos. Raiva porque nesse momento só enxergamos a realidade presente, e o presente é um oceano de mágoa e rancor. Aqueles mesmos motivos que nos fizeram tanto amar aquela pessoa, permanecem esquecidos. Tudo o que conseguimos pensar é no quanto fomos idiotas, por termos gastado tanta energia e dedicado tanto de nosso tempo a um sentimento completamente inútil.
Mas como tudo, a raiva também passa. É aí que começamos e compreender o sentido de tudo. Através das lembranças, somadas à compreensão de nossas escolhas e dos fatos como eles realmente aconteceram, sem estarem distorcidos por nossa dor, podemos deixar o amor ir embora. Sem mágoa, sem dor. Entendemos que aquela pessoa é agora parte do passado e que, apesar de tudo, ela nos proporcionou bons momentos, que nós provavelmente nunca iremos esquecer. E que esses momentos valeram a pena. A saudade se torna algo saudável, como aquela saudade que sentimos da infância por exemplo. Ou seja: saudade de algo que entendemos que não pode voltar, e no fundo nem desejamos verdadeiramente que volte.
...
Eu comecei esse texto pensando apenas em amor não-correspondido, acabei chegando ao processo de recuperação de um coração em ruínas. Se escrevi tudo isso, é porque eu vivi isso. Senti essa dor na pele, sei o quão fundo o poço é.
Hoje, desprendida, vejo o amor com outros olhos. Acredito nele novamente. Não tenho medo da mágoa, ela já não é uma estranha pra mim. Não acho que conseguirei amar novamente dessa mesma maneira doentia.
Ainda assim, me sinto grata por tudo o que vivi. Tenho carinho por aquele que tanto amei um dia, ainda que esta pessoa não faça mais parte da minha vida (e como eu disse, eu nem desejo que volte a fazer). Não acho que amores possam ser esquecidos, mas podem ser superados. Porque é com essa superação que voltamos a ser plenamente felizes, conscientes de nós mesmos e de tudo aquilo que verdadeiramente importa para nós.
E é essa felicidade plena que desejo, de coração, a todos aqueles que souberem a dor de um amor verdadeiro, quando não-correspondido ou perdido, por qualquer motivo que seja. Não importa se amor de amigo, namorado, irmão, etc. Cada um dói de um jeito, e cada um é capaz de nos destruir. Não sei qual é pior. Mas uma coisa eu posso dizer: um dia acaba.
domingo, 27 de março de 2011
Dias perfeitos.
Eu não sei se algum dia me acostumarei com isso.
Se algum dia acharei que isso é normal.
Porque eu jamais imaginei ser possível que todos os dias ao lado de uma só pessoa pudessem ser nada menos do que perfeitos. Mas é assim que tem sido, desde a primeira vez.
E não tem perspectiva de acabar, pelo contrário, parece que melhora cada vez mais...
Hoje estávamos conversando sobre as coisas que imaginamos que irão acontecer, e eu disse pra ele que embora eu acredite que algumas coisas acontecem por destino, eu também acredito que nossa vida é baseada em escolhas, e que são elas que determinarão o nosso futuro.
E nossas escolhas, atualmente, só nos levam a uma felicidade que só aumenta... é como se ele fosse exatamente aquela parte que faltava pra me deixar completa. Eu sei o quanto é brega dizer isso, mas eu nunca me senti dessa forma antes. Eu já quase me casei, passei mais de 3 anos com outra pessoa, e nem nos princípios, quando a paixão era bem forte, eu tive essa sensação... porque sempre teve aquele anjinho do inconsciente me dizendo que aquela não era a pessoa pra mim.
Dessa vez não, e eu estou falando sério. Acho que não existe uma pessoa que seja tão compatível comigo quanto ele. E isso faz com que eu tenha a sensação de que absolutamente tudo o que eu quiser ao lado dele é possível. E não há nada que se compare à felicidade que essa sensação traz.
É isso...
Estou: Numa paz incrível
Quero: uma boa noite de sono
Saudades de: Rê, que acabou de sair daqui, praticamente. Mas não importa.
Ouvindo: O barulho irritante do meu ventilador... rs... mas ouvi Orion, do Metallica, o dia inteiro hoje.
sexta-feira, 18 de março de 2011
Excesso de pensamentos.
Sabe quando você não tem muita certeza sobre como colocar pra fora os milhões de coisas que você está pensando?
Está tudo meio confuso... na verdade não tenho tido tempo pra processar todas as mudanças da minha vida.
E como toda boa escorpiana que tem mania de analisar tudo... isso me faz falta.
Na maior parte do tempo em que estou sozinha, que poderia tirar um tempinho pra relaxar, fazer algo exclusivamente pra desocupar minha mente, eu ando tão cansada que acabo preferindo dormir, ou simplesmente me distrair com qualquer coisa.
Eu estou pensando, principalmente, nas escolhas que cada um faz, e aonde essas escolhas nos levam.
Eu, por exemplo, fiz escolhas drásticas ano passado. Eu tinha uma zona de conforto, onde tudo estava no limite do meu conhecimento. Optei por sair dela, e agora as coisas estão acontecendo numa velocidade inimaginável. Estou achando ótimo, mas muito cansativo também. É muito bom ser valorizada, respeitada e estimulada naquilo que sabemos que fazemos bem. Mas tudo isso tem um preço, e neste caso, o preço que estou pagando é a sensação de ter envelhecido uns 10 anos em uma semana.
E eu já tinha sentido isso antes, no ano passado. E eu sei que é irreversível.
Derrepente a gente começa a ver que já não se encaixa mais em alguns tipos de situação, e começa a ver que algumas pessoas que deveriam estar evoluindo com a gente, estão ficando pra trás.
E aliás, outra coisa muito importante que eu aprendi recentemente, é o quanto maturidade não tem a ver com idade.
Cada pessoa nasce de um jeito, com determinados sonhos, desejos e talentos. E cabe a cada um decidir o que fazer com aquilo que nos é dado.
E é aí que voltamos ao lance das escolhas...
Tudo se baseia em escolhas. Desde o momento em que escolhemos a roupa que vamos vestir pra sair de casa, até o momento em que escolhemos o lugar onde vamos morar, ou a pessoa com quem vamos nos casar. Sempre são escolhas. E nossas escolhas refletem aquilo que somos.
Dessa forma, analisando minhas escolhas, foi que aprendi que sou muito mais determinada do que pensava. E reafirmei a minha força, que na verdade eu sempre soube que esteve aqui. Sim, eu me sinto cada vez mais velha. Mas isso está me trazendo recompensas, que a maioria das pessoas que eu conheço nem sonham em saber.
E é por isso que eu posso afirmar, depois de todas as coisas que se passaram pela minha cabeça hoje, que eu não me arrependo de absolutamente nada do que fiz. Eu não seria a pessoa que sou hoje, se não tivesse feito, e eu gosto muito da pessoa que eu sou. Não quero dizer que não tenha cometido erros, pelo contrário, eu cometi e muitos. Mas todas as pessoas precisam errar. Precisamos tropeçar, precisamos saber o que é magoar e ser magoado. Precisamos sentir que temos o poder, e precisamos sentir quando esse poder é tirado de nossas mãos. Só assim aprendemos a valorizar aquilo que dura mais que uma simples chuva de verão...
E esse post acabou saindo muito mais filosófico do que eu pretendia...
Estou: Esperando o Rê...
Quero: Uma porção de coisas...
Saudades de: Do sorriso do meu anjo...
Ouvindo: Nada, mas pensando em Disarm - Smashing Pumpkins.
sábado, 12 de março de 2011
Éééé...
Eu sempre amei o Blogger.com.br, mas desde que não consigo colocar um sistema de comentários decente nele, estava com a idéia de vir pra cá.... acho que com o tempo me acostumo com esse monte de coisas que tem no template daqui...
Hoje não é um dia bom pra escrever.
Porque as coisas que eu realmente precisava falar, eu não posso publicar.
Mas teimosia rulez, né?
É sábado, e eu não estou com a menor disposição para sair de casa.
É claro que isso tem motivo, mas na verdade eu também estou bastante cansada. De verdade.
A vida vai bem, vai melhorando... mas continuo com vontade de tomar atitudes drásticas.
Uma saudade imensa do Rê... mas eu não vou começar a falar disso.
Acho que é isso. É só pra começar isso aqui, de qualquer forma.
Aliás, resolvi voltar com o meu antigo modelo de postagem. Logo, meus posts sempre terminarão com rodapé. Fui, pessoas.
Estou: Com uma preguiça do caralho.
Quero: Meu amor aqui comigo.
Saudades de: De não ser tão idiota.
Ouvindo: Alice in Chains - Over now.
Assinar:
Postagens (Atom)